Beauty Plan indica enfraquecimento dos canais físicos de compra e maior disposição dos consumidores na busca de marcas mais baratas para economizar
Os hábitos de consumo mudaram ao longo do tempo e, a cada novo ano, surgem tendências e novidades no ramo de beleza e cosméticos para atender aos desejos e anseios dos clientes. Visando acompanhar as transformações no comportamento dos consumidores e auxiliar marcas de beleza a se tornarem digitais e direct-to-consumer, a B4A, empresa que tem como propósito tornar a beleza acessível para todos, lança a sétima edição do Beauty Plan 2022, maior levantamento anual do setor do país.
A pesquisa foi realizada a partir do módulo B4A Data Connect, da plataforma B4A Connect, criada pela beauty-tech para integrar diversas soluções voltadas para o ecossistema de beleza digital no Brasil. O estudo contou com a participação de mais de 16 mil pessoas das regiões norte, nordeste, centro-oeste, sul e sudeste do país, entre 1º de dezembro de 2021 e 4 de janeiro de 2022. A sétima edição do Beauty Plan ouviu mulheres predominantemente da faixa etária de 18 a 25 anos, enquanto a masculina gira em torno de 33 e 45 anos. Ambos os gêneros tiveram uma participação mais ativa nas regiões sul e sudeste do país, com cerca de 60% dos entrevistados.
“O Beauty Plan fornece um norte para todo o setor de beleza. As marcas recebem uma base sólida de informações para tomar decisões estratégicas baseadas em previsões mais realistas. Já os consumidores revelam suas necessidades e expectativas em relação a produtos de cuidados pessoais”, comenta Jan Riehle, CEO e Fundador da B4A.
Procurando entender o que influencia a decisão na hora da compra, notou-se que mulheres mais velhas costumam dar mais importância para a opinião de especialistas. Em 2021, 56% afirmou considerar a avaliação dos dermatologistas na hora de escolher um produto ou marca, seguido de amigas(os), com 45%, e reviews na internet, com 44%.
Para os homens, os sites especializados são os principais influenciadores na hora de adquirir um produto, com 47% das respostas, e, em seguida, estão os dermatologistas, 43%. A influência dos criadores de conteúdo digitais cresceu bastante, 8% dos entrevistados listaram a importância dos influencers na hora da compra em 2021. Neste ano, esse número saltou para 16%.
Após entender a tomada de decisão, o estudo buscou compreender quais são os produtos que fazem parte da “cesta básica” de beleza, ou seja, itens que mais de 50% da amostra geral considerou indispensáveis, mesmo em momentos de economia.
Em 2022, a “cesta” das mulheres contará com: shampoo e condicionador (81%), produtos para cuidados dos fios (61%), sabonete (59%), filtro solar facial (52%), cosméticos para limpeza facial (56%) e perfume (51%). A cesta cresceu em relação ao ano passado com a chegada do perfume, em consequência da retomada de atividades presenciais. Um caso curioso é que a maquiagem ficou de fora pelo segundo ano consecutivo.
Ainda que a “cesta” masculina seja mais enxuta que a feminina, os homens também não abrem mão de alguns produtos essenciais. Em 2022, eles pretendem investir em: shampoo e condicionador (81%), perfume (63%) e produtos para limpeza do corpo (59%).
Um ponto curioso revelado no estudo é que os consumidores estão mais abertos a procurarem marcas mais baratas para economizar: 59% demonstraram disposição para fazer a troca de produtos, principalmente com itens de cabelo (62% das pessoas dispostas).
Houve um aumento de gasto mensal por pessoa em relação a 2021, neste ano o investimento deve ser em torno de R$ 51 a R$ 200 para mais de 60% da amostra. É importante ressaltar que a compra de produtos aumenta conforme a renda dos entrevistados.
Os canais de compra tiveram mudanças significativas de público nos últimos dois anos, com a diminuição da força dos canais físicos, mesmo com a retomada de algumas atividades presenciais.
Ainda assim, as lojas físicas da farmácia e da perfumaria, nesta ordem, seguem como os postos de compra mais procurados pelas mulheres. Além disso, aumentou a relevância das consultoras e revendedoras, que subiram 2 posições, se estabelecendo como 3º canal mais utilizado neste ano. O quarto e quinto lugar ficaram, respectivamente, com a perfumaria online e o supermercado (loja física).
No caso dos homens, os canais mais utilizados são as farmácias loja física (67%), seguido dos sites especializados em produtos e cosméticos (54%), e em terceiro e quarto lugares ficam os supermercados (53%) e lojas físicas especializadas (32%), nessa ordem.
Homens e mulheres ainda estão distantes dos números vistos antes da pandemia, mesmo com a retomada de algumas atividades presenciais em 2021. Notou-se, por exemplo, a menor procura por lojas de marcas próprias para ambos os públicos.
“Percebemos uma mudança interessante nos canais de compra. Para auxiliarmos as empresas e profissionais da beleza em geral a se aprofundarem e conhecerem mais os hábitos do seu público alvo, temos o B4A Connect, serviço de inteligência que permite que nossos parceiros, marcas de beleza, obtenham respostas precisas sobre os clientes. Por ano, atendemos mais de 200 marcas no Brasil a partir de uma solução customizada”, conclui Jan.