Companhia alcança o terceiro melhor primeiro semestre de sua história, avança nas expansões de produção e nos projetos de energia renovável e divulga também seu segundo Relatório de Sustentabilidade
A Unipar, líder na produção de cloro e soda e segunda maior produtora de PVC na América do Sul, anunciou seus resultados financeiros relacionados ao primeiro semestre de 2023 com influência da conjuntura econômica local e global e do ciclo de baixa dos preços de comodities. Apesar do cenário adverso a companhia alcançou resultados sólidos, mantendo sua equação financeira e operacional saudável, e deu continuidade ao seu plano de investimentos com visão de longo prazo e disciplina na execução.
A receita líquida da companhia atingiu R$ 2,9 bilhões no semestre, 25,8% inferior ao mesmo período anterior. Já no segundo trimestre registrou R$ 1,3 bilhão – 15,8% menor do que o 1T23. O EBITDA consolidado foi de R$ 860,5 milhões no 1S23, terceiro melhor resultado da história da Unipar, e de R$ 370,4 milhões no 2T23, com redução de 49,0% em relação ao 1S22 e de 24,4% em relação ao 1T23. O lucro líquido alcançou R$ 439,3 milhões no 1S23 e R$ 186,3 milhões no 2T23, resultado 55,5% e 26,3% menor do que os mesmos períodos anteriores, respectivamente.
“Diante do cenário adverso entendemos que nosso resultado é muito positivo, o terceiro melhor primeiro semestre da história da Unipar quando olhamos o EBITDA. Já era previsto que este seria um ano de resultados menores principalmente frente a 2022 que foi o ano de recordes históricos. Mas mesmo frente ao ciclo de baixa dos preços globalmente e do impacto do cenário econômico internacional – principalmente no que diz respeito aos preços de insumos para a indústria, como gás natural e energia -, seguimos firmes em nossa geração de valor. Nos destacamos na indústria com boa margem, resultados sólidos e operacional saudável, afirma Mauricio Russomanno, CEO da Unipar.
Uma das fortalezas da Unipar é sua eficiência operacional. Este desempenho se traduz na eficiência das unidades produtivas localizadas em Cubatão e Santo André, em São Paulo, e Bahía Blanca, na Argentina. As unidades combinadas mantiveram alto patamar de utilização da capacidade instalada, atingindo 82% no 2T23. O dado é consideravelmente superior à média do setor, que é de 67% segundo dados da Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química).
“Nosso setor tem a característica de ciclos de alta e baixa de commodities e capital intensivo. Nós mantemos nosso foco no futuro e por isso continuamos firmes na execução disciplinada do nosso plano de investimentos e nossa estratégia fundamentada nos pilares: crescimento sustentável, excelência operacional, competitividade, equipe e cultura e sustentabilidade”, destaca Russomanno.
AVANÇO NAS EXPANSÕES
No primeiro semestre de 2023, registramos R$ 178 milhões em Capex. Este número é significativamente superior ao registro no primeiro semestre de 2022, quando alocamos R$ 75 milhões. Somos uma empresa de capital intensivo e ciclos de baixa e alta de preços fazem parte do planejamento plurianual da companhia. Para 2023, seguimos com o nosso planejamento de investimento, que conforme previsto será superior do que o realizado no ano passado. Todo esse trabalho tem se traduzido em melhoras operacionais, ganhos de produtividade e aumento de capacidade produtiva.
A expansão da fábrica de Santo André entrou em sua fase final e a expectativa é que esteja em plena operação até o fim do próximo trimestre. Com investimentos na ordem de R$ 100 milhões, ampliaremos em 15% sua capacidade de produção de ácido clorídrico – insumo essencial para a fabricação de produtos químicos usados no tratamento de água e esgoto. Nesse projeto, o equipamento de eletrólise com a nova tecnologia consome 18% menos energia do que os equipamentos de outra geração. Além disso, o novo forno que escolhemos produz vapor e, com isso, não precisamos produzir este insumo, reduzindo nossas emissões em cerca de 2.000 toneladas de CO2 por ano e em 60% o consumo de água de resfriamento em relação aos fornos convencionais, que não produzem vapor. A construção da nova fábrica da Unipar, que será instalada no Polo Petroquímico de Camaçari, na Bahia, também segue evoluindo dentro do cronograma estabelecido, com previsão de entrar em operação em 2024.
Já na Argentina, estamos colhendo frutos da modernização e melhorias em nossa unidade de Bahía Blanca. Com os investimentos realizados nos últimos anos, ampliamos a capacidade de produção de cloro. Com isso, passaremos a oferecer pela primeira vez o ácido clorídrico ao mercado argentino, cuja indústria tem alta demanda pelo produto.
A operação deve se iniciar no quarto trimestre deste ano já com capacidade de produção de 50 mil toneladas/ano, podendo ser expandida para até 90 mil toneladas/ano em um segundo momento. A Unipar já estuda opções logísticas para atender a demanda nas diferentes regiões da Argentina, até que defina outras iniciativas de expansão geográfica em análise, como também já comentamos, por exemplo ao noroeste do país onde existe o mercado de lítio. A oferta de ácido clorídrico ainda é baixa na Argentina e esse insumo é fundamental para o desenvolvimento da cadeia do lítio, que segue em expansão. Com essa nova oferta, a Unipar se posiciona de forma estratégica para capturar essa oportunidade.
Os avanços na unidade de Bahía Blanca também nos permitiram ampliar a capacidade produtiva da soda cáustica anidra (em pérola), saindo das atuais 18 mil toneladas/ano (2022) para 31 mil toneladas/ano até o final de 2023.
Energia renovável
Outro destaque do período foram os projetos de autoprodução de energia renovável. Atualmente, 36% da energia que consumimos já vêm dessas parcerias. Nosso objetivo é ter 100% de toda a energia que abastece as fábricas no Brasil de origem renovável até 2025, sendo que 80% serão de autoprodução e, essa última etapa, deve ser concluída até 2024. O Complexo solar Lar do Sol, em Pirapora-MG, construído em parceria com a Atlas Renewable Energy, obteve a certificação da ANEEL para entrada em operação comercial definitiva e, como já anunciado, passou a fornecer energia gerada por meio de contrato adicional de autoprodução para a fábrica de Cubatão. Em parceria com a AES Brasil, o Complexo Eólico Cajuína, no Rio Grande do Norte, começará a operar em fase de testes ainda neste mês de agosto e o Complexo Eólico Tucano, na Bahia, conta com 18 de seus 25 aerogeradores em funcionamento, fornecendo energia renovável por autoprodução para a unidade de Cubatão.
“Estamos evoluindo passo a passo no crescimento sustentável, com segurança e responsabilidade. Nossos projetos de autoprodução de energia renovável e a expansão de produção traduzem nossas entregas com visão de longo prazo. E fazem parte da nossa jornada que tem como objetivo dobrar de tamanho e alinhados a nossa estratégia de confiabilidade e garantia da disponibilidade dos nossos produtos em diferentes localidades.”, conclui Russomanno.
Sustentabilidade
Parte importante da estratégia de crescimento da Unipar é o pilar Sustentabilidade e, para dar visibilidade aos seus compromissos e metas, bem como atualizar o avanço dos projetos relacionados ao tema, a companhia lança seu segundo Relatório de Sustentabilidade.
“Nosso relatório segue as normas da Global Reporting Initiative (GRI) e engaja de forma transversal toda a companhia, apresentando nossa evolução no tema em relação ao documento divulgado no ano passado. A Unipar tem como propósito ser confiável em todas as suas relações e assumimos o objetivo de ser agente de transformação para um futuro sustentável.” afirma Russomanno
O documento segue as normas da Global Reporting Initiative (GRI)* e utiliza a Matriz de Materialidade como base para definição dos assuntos tratados. O material, que reúne 121 indicadores de destaque, é um grande raio X dos nossos dados e projetos de impacto sustentável. Este trabalho engaja de forma transversal toda a companhia, mobilizando envolveu colaboradores de 15 áreas diferentes, além de consultores externos especialistas.
Além do nosso relatório, que traduz nossa evolução em sustentabilidade, outro passo importante em julho, fruto de nosso compromisso inegociável com a construção de uma organização cada vez mais sustentável, é a nossa primeira participação do Grupo UNIPAR, com as três unidades, no Índice de Resiliência Climática do Carbon Disclosure Program (CDP). Esta é uma das principais referências globais na temática de clima. E cumprimos um passo importante de evolução na transparência das nossas informações acerca deste tema.