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Produtos biológicos foram destaque no acumulado do semestre, com importante impacto no lucro bruto da companhia, que teve aumento de 1,3 p.p. 

A Vittia, empresa brasileira de biotecnologia e nutrição especial de plantas com soluções para diversas culturas agrícolas, divulgou os resultados do 2T23. Tal como no 1T23, os resultados deste segundo trimestre foram impactados por um cenário desfavorável para a comercialização de insumos, mas a companhia acredita que os fundamentos para o setor continuam a ser positivos para o ano e que a demanda será retomada no segundo semestre, especialmente para tecnologias inovadoras e sustentáveis que podem contribuir para aumento de produtividade em cenário mais desafiador para o produtor.

O destaque positivo foi a margem bruta, que, apesar de ter caído no trimestre (passou de 25,8% no 2T22 para 16,3% no 2T23), no semestre se manteve maior do que no ano passado: de 30% passou para 31,3% – aumento de 1,3 p.p. Já a receita líquida passou de R$ 156,8 milhões no 2T22 para R$ 72,8 milhões no 2T23; e o lucro bruto, que no 2T22 foi de R$ 40,4 milhões, no mesmo período deste ano foi de R$ 11,9 milhões. “Neste cenário adverso em relação à demanda, tivemos uma redução da receita bruta de 13,7% na linha de defensivos biológicos, sendo esta a menor redução dentre todas as linhas da Vittia – o que reforça que essa linha é um dos nossos focos de investimentos e esforço comercial”, afirma o CFO e Diretor de Relações com Investidores da Companhia, Alexandre Del Nero Frizzo.

O executivo destaca que a companhia percebeu que o movimento do produtor no período foi de adiamento nas compras, em função dos desafios de comercialização decorrentes do cenário desfavorável nos preços das commodities produzidas na safra 2022/2023. “Apesar dos desafios observados no curto prazo, é importante salientar que a agricultura brasileira, e também o mercado de insumos agrícolas, observa um cenário propício para a safra 2023/2024, pois mesmo com a redução da rentabilidade esperada em termos nominais, o produtor ainda tem perspectiva de bons ganhos”, completa.

Nesse contexto, a Vittia afirma que 2023 não será um ano recorde, mas ainda espera um ano bom para os negócios. Com o objetivo de levar mais produtividade, sustentabilidade e redução de custos ao produtor rural, a Vittia seguiu investindo na área de pesquisa, desenvolvimento e inovação, que somou R$ 6,9 milhões no 2T23, contra R$ 5,8 milhões no 2T22. No mesmo período, o investimento em Capex foi de R$ 15,7 milhões, ante R$ 20,2 milhões.

Produtos biológicos ganham relevância
Como as linhas da companhia apresentaram redução nas vendas frente aos fatores expostos acima, foram os produtos biológicos os responsáveis pelo aumento de 1,3 p.p. na margem bruta do semestre, com ganho expressivo de relevância dentro do lucro bruto total: no primeiro semestre de 2022 eles representaram 37,2 % do lucro bruto; já no mesmo período de 2023, representaram 62%.

“Os produtos biológicos têm sido resilientes e continuam crescendo”, afirma Frizzo. Um dos motivos é a crescente adoção de práticas sustentáveis pelo agricultor, que com a busca pela redução de custos e aumento da produtividade das lavouras, continuou aumentando o interesse e experimentação pelas tecnologias biológicas da Vittia.

“O histórico de mercado mostra que a venda de fertilizantes especiais cresce em média 13% ao ano e deve se manter nesse patamar em um cenário de estabilidade de preços, enquanto as projeções de mercado para os defensivos biológicos estão ao redor de 30% ao ano até 2030. São projeções positivas para a Vittia, que está bem inserida no mercado de defesa biológica, sendo esta uma linha que deve ganhar cada vez mais participação dentro dos negócios da companhia”, diz Frizzo.

P&D e maior capacidade de distribuição dão força para crescimento dos negócios

Em julho de 2023 a Vittia inaugurou um novo Centro de Distribuição, em Luís Eduardo Magalhães (BA). Impulsionada principalmente pela força do agronegócio na região, a cidade registrou quase 80% no aumento de moradores, a maior alta populacional da Bahia, de acordo com o Censo 2022.

Quase 20 anos atrás, Luís Eduardo Magalhães foi o local escolhido para a instalação do primeiro Centro de Distribuição da companhia. Agora, o novo espaço ganhou o dobro de capacidade de armazenamento (600 toneladas), para atender 20 cidades da região. “O Nordeste é uma região em que a Vittia cresceu e quer continuar crescendo. Por isso, a companhia vem fazendo investimentos em sua força de vendas, não só no Nordeste, mas em todo o Brasil”, destaca o CFO da Vittia.

O executivo acredita que no segundo semestre devem surgir muitos pedidos de última hora e quem estiver preparado, terá melhores resultados. “Esse é um aspecto crucial e entendemos que são poucos os players que possuem a mesma capilaridade e capacidade de distribuição da Vittia”, completa, referindo-se aos outros quatros CDs da companhia, em Sorriso (Mato Grosso), Primavera do Leste (MT), Jataí (GO) e Ijuí (RS).

A área de Pesquisa & Desenvolvimento é outra fortaleza da companhia, não apenas em relação aos profissionais, mas também no que se refere a rotinas, equipamentos e controles – o que deve continuar alavancando a expansão dos negócios da companhia, principalmente na linha de produtos biológicos, com o lançamento de novos produtos e o acréscimo de novos alvos biológicos à linha atual.

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