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Abrin Talks debate as estratégias para fidelização de clientes

A 39ª Feira Internacional de Brinquedos – Abrin, maior evento do setor de brinquedos da América Latina, segue apresentando as principais tendências, novidades e temas relevantes para o segmento, como marketplace, e-commerce, trends da internet e o uso das redes sociais como estratégia de vendas. 

Esses foram os conteúdos da Abrin Talks no terceiro dia de feira.

Marketplace

Ampliar os canais de vendas dentro dos maiores mercados online do Brasil, os famosos marketplaces, pode ser um diferencial para as marcas, foi o que afirmaram Rafael Aulicino, gerente de publicidade Latam do Mercado Livre, e Mariana Castriota, gerente corporativa de marketplace do Magazine Luiza.

Para Mariana, o momento para digitalizar as marcas e se relacionar com a nova geração de compradores é agora. Hoje, o Brasil tem 6 milhões de estabelecimentos que vendem para o consumidor final, mas apenas 12% dessas lojas estão no ambiente digital. “O e-commerce é um caminho sem volta, mas assim como qualquer outro tipo de movimento, requer planejamento e treinamento para garantir assertividade”, comenta a especialista, revelando ainda que um dos segredos do sucesso para as marcas nas vendas online é nunca perder a própria identidade e apostar em estratégias e ações para driblar a falta de contato pessoal.

“É preciso passar uma experiência de consumo ao comprador. Isso pode ser feito com uma embalagem bem-feita, entregar no prazo acordado, redigir uma cartinha, entre outras práticas. Quando a gente conecta o consumidor com a experiência, ele se sente mais próximo da marca”, finaliza Mariana.

De acordo com Aulicino, quando falamos em ter sucesso no marketplace, planejamento é a palavra de ordem.  “Ou seja, é saber, com clareza, qual é o seu objetivo dentro dele, investir em pesquisas de mercado, identificar os seus competidores e como eles atuam”, pontuou. O especialista ainda alerta que é possível estar no comércio virtual com baixo orçamento, desde que a estratégia seja bem desenhada.

“É entender quais são os produtos que deseja lançar e quais possuem maior margem de vendas. Neste ponto, é importante acompanhar o que está em alta entre o público que se pretende alcançar – as crianças, no caso do setor de brinquedos, e a internet é uma ótima fonte para identificar o que faz sucesso com a garotada”, reflete Aulicino.

Trends da internet e o impacto nas vendas

Uma das trends da internet, no momento, são os vídeos do TikTok. Eduardo Nascimento, business development da empresa, defendeu o uso da rede social como uma ferramenta para humanizar as marcas. “Seja humano e racional, mostre os bastidores, compartilhe momentos do dia a dia e desbloqueie um diálogo criativo. Tudo isso, humaniza a marca e mostra que a mesma é feita por pessoas de verdade. É a abertura de um diálogo com os público-alvo”, destacou. Fazer parceria com criadores diversos, expandir a audiência criando uma variedade de tipos de conteúdo e empoderar a comunidade a perseguir suas respectivas paixões foram outras dicas passadas pelo executivo.

“Ao identificar as trends é preciso pensar sobre como conectar sua marca à tais tendências. Cada rede social possui características específicas. Ou seja, é preciso criar conteúdo voltado para cada audiência”, corroborou Vinícius Ávila, head de marketing da Buzzmonitor. Ele ressalta que o cliente está em todas as plataformas e quer atendimento simples, rápido e eficiente. “Isso acontece antes da própria jornada de compra. É preciso estar preparado para receber o tráfego em todas as redes”, concluiu Ávila.

Já Ana Daryma, gerente de marketing da Papelaria Art Pel, ressaltou que todo planejamento pode mudar de acordo com o cenário do momento. “Além da atenção às tendências, marcas e comércio precisam ter a flexibilidade para alterar seus planos a qualquer momento. É preciso entender o que o público quer e como o seu negócio pode atendê-lo rapidamente. Quem compreende esses detalhes está na frente dos concorrentes”, destacou a especialista.

Redes Sociais: A Grande Vitrine

“Números publicados nas ferramentas publicitárias da Meta indicam que o Instagram tinha 119,5 milhões de usuários no Brasil no início de 2022 e o Brasil é o terceiro país que mais passa tempo nas redes sociais”,  afirmou Caroline Rosa, especialista de projetos de criação e marketing do Grupo Ri Happy, para comprovar que as redes sociais devem ser encaradas como uma grande vitrine para as marcas e lojas.

Entre os usos das mídias sociais a favor dos negócios, ela citou que as lojas podem, por exemplo, usar suas páginas e perfis oficiais como o SAC, para divulgar campanhas nas quais está engajada, promover programações e ativações nos pontos físicos.

Tamara Campos, gerente de marketing e produtos da Pais & Filhos, listou os riscos de um mau atendimento nas redes sociais. “Perda da lucratividade, comprometimento da imagem da empresa, o conhecido “cancelamento”, perda do poder de competitividade, baixo engajamento, rendimento da equipe e aumento de gastos para gerenciar crises estão entre eles”, alerta Tamara.

Fidelização de Clientes

Mesmo com a aceleração digital causada pela pandemia, a loja física ainda representa 80% das vendas no varejo, sinalizou Anderson Tomaszewsk, gerente de vendas da Oto. Segundo Anderson, o custo para adquirir novos clientes pode chegar até sete vez mais do que fidelizar aqueles que já frequentam o estabelecimento. Não é simplesmente captar dados, mas sim saber como trabalhar tais dados de forma mais assertiva. “A rentabilidade do varejista está mais ligada à segunda venda. Estamos falando de fidelização”, complementou.

“Por que investir em programas de fidelidade? Porque queremos ser a primeira opção para uma nova compra do cliente”, afirmou Aline Abreu, gerente geral Growth, Marketing e Benefícios do PagBank. Ela revelou que 72% dos brasileiros preferem fazer compras com empresas que oferecem programas de fidelidade, 78% dizem que esses programas ajudam a economizar, 56% possuem dois ou mais programas de fidelidade e 9 entre cada 10 entrevistados realizaram algum tipo de resgate nos últimos meses, sendo o cashback o mais citado.

A executiva ainda compartilhou os principais erros nos programas de fidelidade, como: falta de relevância, falta de personalização, dificuldade de resgate, regras de difícil compreensão e tempo longo entre acúmulo e resgate.

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