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Vivo homenageia os povos originários com projeto “Rotas Indígenas Brasileiras”

Nesta edição da feira, a ativação da marca parte da celebração do Dia Internacional dos Povos Indígenas

A Vivo confirma sua participação na próxima SP-Arte, uma das feiras de arte contemporânea mais importantes da América Latina. O evento, que nesta edição terá como tema “Rotas Brasileiras”, busca valorizar a produção artística de todo o território nacional. 

Para contribuir com as discussões que serão levantadas, a Vivo lança “Rotas Indígenas Brasileiras – Arte em Tempo Presente” com reflexões sobre povos indígenas na intersecção entre arte e tecnologia. No Dia Internacional dos Povos Indígenas, a Vivo inicia as reflexões com o lançamento de um filme assinado por Danilo Arenas, cineasta que aborda questões indígenas em suas obras.  

“Mostrar a arte e os artistas dos povos originários é uma forma de enaltecer ainda mais a cultura e os valores indígenas. O Brasil precisa conhecer quem são eles na música, pintura, fotografia, dança, cinema”, comenta Sleyman Khodor, diretor executivo de criação da VMLY&R, agência que assina a criação do filme. A partir da provocação “Não existem índios no Brasil, existem indígenas”, que o escritor Daniel Munduruku levanta para ampliar o imaginário em torno dos povos originários, a produção apresenta artistas indígenas que se expressam em uma diversidade de suportes e recursos tecnológicos. Entre os artistas retratados estão os rappers Oz Guarani e a fotógrafa Amanda Panka. Assista ao filme aqui.  

“Escolhemos usar nosso espaço na SP-Arte para destacar a presença indígena na cultura brasileira contemporânea. Esta reflexão é direcionada para o papel da tecnologia e da arte na construção de novas realidades, mais inclusivas e diversas”, afirma a diretora de Marca e Comunicação da Vivo, Marina Daineze. 

Como patrocinadora da SP- Arte, a Vivo terá um espaço imersivo, denominado Aity (que significa ninho, em nheengatu, derivado do antigo tupinambá). Nesse ambiente serão oferecidas aos visitantes experiências artísticas indígenas como uma exposição, que trará peças produzidas especialmente para esse evento, discutindo questões sobre preconceitos, territórios, apagamentos culturais, violências simbólicas e físicas por uma perspectiva atual. 

Além de pinturas, esculturas e audiovisuais, o espaço irá oferecer ao público momentos de interação com rodas de conversa com artistas da mostra e outros convidados. Também estão previstas visitas guiadas presenciais e a partir de audioguias, além de contato com a cultura alimentar indígena. Destaque para as obras de Denilson Baniwa, curador do espaço, conhecido como um dos artistas indígenas contemporâneos mais importantes da atualidade por romper paradigmas e abrir caminhos ao protagonismo dos indígenas no território nacional e obras de Katú Mirim, Xadalú Tupã Jekupé, Oz Guarani e Olinda Yawar. 

Perfis dos Artistas 

Denilson Baniwa -artista e curador - Nascido em Barcelos, no interior do Amazonas, é indígena do povo Baniwa. Atualmente, vive e trabalha em Niterói, no Rio de Janeiro. Como ativista pelo direito dos povos indígenas, realiza palestras, oficinas e cursos, atuando nas regiões sul e sudeste do Brasil e também na Bahia. Também publicitário, articulador de cultura digital e hackeamento, contribuindo na construção de uma imagética indígena em diversos meios como revistas, filmes e séries de TV. Em 2019, Baniwa venceu o Prêmio Pipa na categoria online e em 2021 foi um dos vencedores indicados pelo júri. 

Katú Mirim é uma mulher lésbica, rapper, cantora, compositora, atriz e ativista da causa indígena e LGBTQIA+. N’ativa vinda da periferia, faz recorte entre o futurismo e o ancestral. Trazendo a narrativa de indígenas em contextos urbanos, tem refletido em sua arte, o retorno a sua cultura e a quebra de padrão do que esperam desse corpo. A garota que procurou uma “tribo” quando era adolescente, encontrou um povo, uma aldeia e uma comunidade. 

Xadalu Tupã Jekupé é um artista indígena nascido em Alegrete/RS que usa elementos da serigrafia, pintura, fotografia e objetos para abordar em forma de arte urbana o tensionamento entre a cultura indígena e ocidental nas cidades. Sua obra, e das conversas com sábios em volta da fogueira, tornou-se um dos recursos mais potentes das artes visuais contra o apagamento da cultura indígena no Rio Grande do Sul.  

Oz Guarani - Fundado em 2014 por Karai Djeguaka Xondaro o RAP indígena OZ GUARANI, interpreta canções de resistência e de fortalecimento da luta indígena por seus direitos, através do RAP e HIP HOP, idealizando um projeto de reflexão e cultura, conhecimento e resistência pela da música. Traz nas rimas a representação da luta em ritmo e poesia, compartilha com o público a missão de divulgar as necessidades do seu povo, relata os problemas diários sofridos na comunidade além de narrar o histórico conflito pela demarcação das terras e a resistência indígena. 

Olinda Yawar é indígena do povo Tupinambá e Pataxó hãhãhãe, jornalista, cineasta e ativista ambiental. No final de 2015, apresentou sua obra documental “Retomar para Existir”, para obtenção do grau de bacharela em Comunicação Social – Jornalismo. Trabalha como produtora local e assistente de produção, além de escrever sobre cultura indígena no blog paubrasilnoticias.com e trabalhar na curadoria de obras audiovisuais relacionadas à temática indígena.   

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