Produção de cervejas com ingredientes cultivados por cerca de 10 mil moradores de baixa renda de cinco estados brasileiros estão ajudando a reduzir a desigualdade social
Popular na culinária brasileira por ser um alimento de fácil cultivo e baixo custo, o aipim, ou a mandioca – dependendo da região do Brasil, ganhou uma nova configuração na mesa do brasileiro. Além do prato, o aipim também entrou para o copo, desta vez, em uma das versões mais consumidas do país: a cerveja. Após inúmeros testes, a Ambev, em parceria com a Questtonó, consultoria de inovação e design, viabilizou a produção da bebida incluindo esse ingrediente em sua formulação.
A partir daí, foram criados quatro rótulos de bebidas regionais: Magnífica – do Maranhão, Nossa – de Pernambuco, Legítima – do Ceará e Esmera – de Goiás. Além do aipim, outro alimento típico do Brasil, o caju, entrou na mira da Ambev e, assim, nasceu o quinto rótulo regional: a Berrió – do Piauí. Para manter o ritmo de produção adequado, a empresa criou uma rede com cerca de 10 mil moradores de baixa renda desses estados para assegurar o cultivo dos ingredientes e, de quebra, conseguiu movimentar a economia local, contribuindo com a redução da desigualdade social.
E foi justamente esse indicador social que premiou a Companhia, em maio, na categoria Pandemic Response 2021 do World Changing Ideas Awards, promovido pela Fast Company, uma publicação americana com foco em tecnologia, negócios e design. O projeto comprovou que as lavouras de cada região podem – e devem – ser valorizadas. Diferente dos modelos tradicionais das corporações, os agricultores têm a oportunidade de cultivar os ingredientes nativos de sua região, que vão dar origem a novos sabores de cervejas, verdadeiros símbolos culturais.
Importante ressaltar que todas as cervejas são produzidas e comercializadas apenas em seus respectivos estados, criando raízes e gerando identidade com o público.