Em “Além da Excelência”, a consultoria aborda os passos essenciais para que os negócios sobrevivam às tensões sociais, econômicas e à revolução tecnológica
Manter um negócio próspero é um grande desafio, e ele fica ainda maior com incertezas políticas, sociais e econômicas, além da transformação tecnológica que vivemos atualmente. Para ajudar as empresas a navegarem neste cenário, o Boston Consulting Group (BCG) lança o livro Além da Excelência, escrito por três executivos da companhia: Nikolaus Lang, Arindam Bhattacharya e Jim Hemerling, que traz um framework abrangente para construir negócios de alto desempenho, resilientes, adaptativos e socialmente responsáveis.
Baseadas no estudo de centenas de empresas e em entrevistas com dezenas de líderes empresariais, a publicação responde perguntas importantes para líderes, como o que é um desempenho excepcional nos tempos atuais e como construir vantagem competitiva em um mundo com novas regras.
A publicação traz nove estratégias para alcançar esses objetivos:
- Fazer o bem: impacto social positivo se torna um objetivo em primeiro plano. Empresas que integram esse conceito conseguem retorno sustentável de longo prazo para todos os seus stakeholders — não apenas os acionistas.
- Pensar físico e digital: os tempos de produtos e serviços apenas físicos ficaram para trás. Hoje, soluções e experiências digitais personalizadas e atraentes, que adicionam camadas e melhoram a experiência física, são as mais adequadas para atender as necessidades dos consumidores e, consequentemente, elevar o seu patamar de satisfação.
- Selecionar os mercados globais: empresas líderes hoje usam modelos de negócio que permitem selecionar os melhores mercados e, assim, crescer rapidamente. A estratégia de vender tudo para todos ao mesmo tempo é obsoleta.
- Projetar um ecossistema: as cadeias de suprimentos tradicionais não bastam para o sucesso. Líderes de mercado estão criando grandes ecossistemas de negócios, com alta interação entre consumidores e parceiros. Além de facilitar a comunicação e interação, promovem insights para novas soluções e experiências.
- Flexibilização do modelo de negócio: mudanças no fornecimento de produtos são atualmente a regra, não mais a exceção. As empresas precisam estar preparadas para problemas com centros de produção, distribuição em locais variados e uso de alta tecnologia, que tenham facilidade de se integrar com os espaços tradicionais. Esses recursos aumentam as ofertas personalizadas para os consumidores, tornando-as mais rápidas e resilientes.
- Coleta e análise de dados: o recurso é muitas vezes usado para entender os acontecimentos e melhorá-los no futuro. As empresas que vão além do modelo tradicional usam esses dados e informações não só para isso, mas para projetar tendências de consumo, de desempenho da empresa e apoiar a tomada de decisão de forma mais consistente.
- Foco e agilidade: modelos de negócio burocráticos, distantes dos consumidores e com muitos entraves jogam contra a empresa. As que miram sustentabilidade a longo prazo e que querem se destacar, usam metodologias ágeis e têm modelos de foco total no cliente.
- Talentos: por muito tempo, empresas tradicionais subestimaram a capacidade das suas forças de trabalho e consideraram os seus talentos um ativo secundário. As grandes empresas que entenderam seu papel, sabem que devem atrair os melhores colaboradores — onde quer que eles estejam –, e, feito isso, inspirá-los com um grande propósito e uma cultura inovadora, oferecer as melhores plataformas de trabalho, e constantemente capacitá-los para novos desafios.
- Transformação: não é algo para acontecer apenas no momento de crise ou quando se almeja um novo resultado. Ela deve ser parte do DNA da companhia e ser almejada todos os dias e nos mais variados níveis. Uma empresa que está constantemente se transformando pode identificar oportunidades mais rapidamente, age rápido em momentos de necessidade e, claro, evolui muito mais.
As recomendações devem ser mais do que consideradas: elas devem fazer parte da estratégia da empresa em todos os seus níveis, tornando a operação inteiramente eficiente e evolutiva.
