Apresentado no lançamento da versão comemorativa do primeiro calçado produzido pela FILA, a parceria entre a marca e o artista tem um significado muito especial
Há mais de três décadas provando que a atitude change the game não é apenas uma expressão aspiracional, o paulista Pedro Paulo Soares Pereira, ou melhor Mano Brown, tem uma relação com a FILA que envolve admiração, desejo e muita representatividade. Desde os anos 80, o rapper já escolhia a marca para criar suas produções e traduzir sua originalidade nos palcos e nas ruas.
O período também é considerado simbólico para a FILA, que transbordava sua ousadia e criatividade dentro e fora das quadras de tennis e basquete – categorias que se misturam com seus arquivos centenários. Nos anos 80, também surgiram peças clássicas e sneakers lendários como o FX-2. O calçado faz parte de uma lista célebre que inclui modelos como a jaqueta Settanta, a tradicional polo confeccionada em branco, azul e vermelho (cores oficiais da marca) e diversos outros tênis que estampam o logo F-BOX e homenageiam grandes astros.
O design disruptivo e a herança street, reconhecida internacionalmente, são alguns dos elos que conectam Mano Brown e a FILA. Transitando como um porta voz da música, da cultura de rua e da arte, o músico chega à marca em um momento especial e junta seu legado a um importante lançamento, além de outros futuros projetos.
“A parceria com o Mano Brown aconteceu em um momento muito importante para nós, estamos comemorando 40 anos do nosso primeiro sneaker. Ter conosco um artista que fez parte dessa história tem um significado muito especial e isso é só o começo, ainda realizaremos outros projetos incríveis, unindo o estilo FILA com a originalidade do Mano”, destaca Adriana Magalhães David, head de branding e marketing da FILA Brasil.
Estrelando a campanha da FX-2, Mano Brown foi escolhido pela sua autenticidade. Assim como a marca no cenário urbano, seu nome faz parte da história do rap brasileiro e inspirou diversas gerações. Com roteiros que se misturam pela criatividade e legado, o artista apresenta o conceito “il primo” criado pela marca para celebrar a versão comemorativa do primeiro tênis assinado pela FILA.
Símbolos e estética
A relação de Mano Brown com a marca começou quando ele era bem novo, por volta dos 16 anos. “Tinha uma um disco que eu escutava e lembro da imagem de um tênis da FILA na capa. Era um disco de rap de 1986, época em que eu era adolescente. Aquilo ficou no meu subconsciente, aquela roupa. Antes dessa capa já tinha uma rapaziada que usava FILA, pessoas que eu admirava muito. Tinham uns caras em específico, aqui da Zona Sul, uns seis caras, todos negros retintos que iam pro baile com uma blusa da marca – aquela tradicional azul marinho com areia e vermelho –, lembro que eles abriram uma roda no baile e aquilo me marcou, pelo fato deles serem mais velhos e dançarem muito”, lembra Mano Brown.
Para o rapper, tudo isso são símbolos pessoais. “A forma que a pessoa veste a roupa, a representatividade que uma marca pode dar para uma pessoa e o que uma pessoa pode dar para marca também, entende? FILA foi inserida num estilo de vida e vice-versa, isso nos marcou muito. E, agora, ter essa oportunidade de fazer esse trabalho com a marca foi fácil. É uma marca que eu já gosto muito. É uma sensação de fechamento de um ciclo, pelo menos para mim, que sou um admirador distante que mal podia comprar uma peça da marca”, declara o artista. “Com a parceria com FILA, todas aquelas peças que eu sonhava em ter, agora estão no meu guarda-roupa”, comenta.
Mano Brown afirma, ainda, que essa estética também o influenciou a gostar da marca. “Sou um cara urbano e foi a juventude urbana, da periferia, a nossa tribo que abraçou FILA e que sempre ostentou a marca nos melhores momentos. Como esse grupo de rap que na capa do disco estava usando a marca e como aquela visão influenciou muito a gente. A forma como eles emprestaram a personalidade deles para FILA e como a marca emprestou para eles. A soma de tudo isso chegou muito forte para nós aqui no Brasil. A música dos caras e a estética da marca, que virou a estética deles também. Não é só usar, tem que combinar, tem que vestir, tem que representar”.