Iniciativa piloto visa qualificar mão de obra local e fortalecer pequenos negócios com base na expertise da cultura do tomate
A Cargill anuncia o lançamento do Projeto Grandes Produtores, iniciativa voltada à transformação da cadeia de fornecimento de cacau no Estado da Bahia para apoiar produtores nos desafios enfrentados, especialmente a escassez e a irregularidade de mão de obra qualificada, além da dificuldade de aplicar boas práticas agrícolas no momento ideal.
Com o objetivo claro de integrar e fortalecer a cadeia de fornecimento de cacau, a iniciativa combina a incubação e o fortalecimento de empresas locais de mão de obra, que fornecerão serviços com trabalhadores especializados, capacitados de forma contínua para transformar a produção e profissionalizar o cultivo, junto com um pacote de mecanização e insumos modernos.
Primeira fase já está em andamento
Neste primeiro momento, o projeto contará com o suporte de uma assessoria especializada voltada à incubação dos negócios. Três empresas locais de prestação de serviços — com atuação nas áreas de poda, limpeza, roçagem, colheita e aplicação de defensivos — estarão nas atividades de campo. Além disso, uma equipe de oito profissionais da Cargill, com expertise no cultivo de cacau e tomate, contribuirá tecnicamente para o desenvolvimento das lavouras. Ao todo, cinco propriedades participam desta etapa inicial, totalizando uma área de 957 hectares em cultivo.
“O diferencial da Cargill está em nossa capacidade de conectar saberes entre diferentes cadeias produtivas. Com o Projeto Grandes Produtores, investimos na capacitação de trabalhadores locais e oferecemos aos produtores um pacote completo de recursos tecnológicos e serviços executados por empresas da região sob nossa supervisão”, afirma Érica Pereira, líder de sustentabilidade da Cargill para Food na América do Sul, acrescentando que “estamos compartilhando com os produtores de cacau os conhecimentos que já temos hoje no cultivo de tomate”. Toda a produção será adquirida pela empresa, garantindo segurança comercial aos produtores.
A meta é dobrar a produtividade, saltando dos atuais 1.500MT/ha para até 3.000 MT/ha. Além do aumento na produção, o projeto prevê estudos socioeconômicos contínuos para mensurar impactos, bem como geração de empregos formais, aumento da renda e redução de riscos sociais, incluindo a mitigação de violações de direitos humanos na cadeia produtiva.
“O Projeto Grandes Produtores representa nosso compromisso com um modelo agrícola mais sustentável, inclusivo e inovador. Queremos criar um padrão de desenvolvimento rural, em que o crescimento produtivo venha acompanhado de oportunidades reais para as comunidades locais”, conclui Érica.
Iniciado em janeiro de 2025, o projeto terá uma fase piloto de 12 meses, período em que será validado o modelo de operação e impactos. A partir daí, iniciará a fase de ganho de escala, com a incubação de novas empresas de mão de obra e a inclusão de mais fazendas no modelo de integração.
Próximos passos
Ao longo dos próximos anos, pesquisas socioeconômicas serão conduzidas para medir os efeitos reais da iniciativa, monitorando a criação de empregos formais, garantia de renda adequada aos trabalhadores e o impacto positivo e duradouro na cadeia de suprimentos do cacau. Essa ação não só impulsiona a produtividade, mas também fortalece a economia local e promove benefícios sociais permanentes, como a redução de riscos de violações de direitos humanos na cadeia produtiva.
“O projeto Grandes Produtores olha para o futuro com os pés no presente. Criamos oportunidades reais de trabalho, fortalecemos negócios locais e mostramos que é possível produzir mais, com eficiência e responsabilidade”, afirma Paula Santana, coordenadora de Farmer Livelihood da Cargill.