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Cubo Itaú e Copa Energia lançam hub focado nos desafios da transição energética

Cubo Energy irá fomentar a inovação aberta no setor, com foco na transformação sustentável por meio de conexão e colaboração no ecossistema

O Cubo Itaú, hub de fomento ao empreendedorismo tecnológico focado na América Latina, ao lado da Copa Energia, empresa detentora das marcas Liquigás e Copagaz, que atua no engarrafamento, comercialização e distribuição de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), anuncia o lançamento do Cubo Energy, iniciativa que quer atuar como um catalisador de inovação aberta no setor energético.

Com apoio também da Isa Energia, Cemig e Auren, o objetivo do hub é liderar a transformação do setor energético, conectando startups, corporações e parceiros para desenvolver soluções e projetos que acelerem sua transição, promovam eficiência e impulsionem a descarbonização.

O Cubo Energy tem a expectativa de quadruplicar o número de startups na comunidade em seu primeiro ano de atuação. Soluções voltadas a transição energética, eficiência energética, digitalização inteligente, mobilidade sustentável, e biotecnologia aplicada à energia estão no radar.“Entendemos que o setor ainda possui grandes desafios relacionados a integração e transformação digital que podem ser resolvidos por meio de tecnologias que já estão em desenvolvimento. E nossa experiência mostra que por meio dos hubs, ganhamos profundidade, conhecimento e acesso a talentos com expertises e visões complementares para compreender melhor os obstáculos e encontrar soluções mais precisas”, conta Paulo Costa, CEO do Cubo Itaú.

A Copa Energia já contribui com esse olhar de inovação para o setor e por meio do hub, quer apoiar e ver no ecossistema: a criação, desenvolvimento e aceleração de soluções para o setor de energia; o fortalecimento da rede de inovação com aumento da colaboração entre startups e corporações e aceleração de iniciativas de inovação aberta; o compartilhamento de conhecimento para capacitação de profissionais do setor e para mapeamento de novos talentos; e o desenvolvimento de potenciais novos modelos de negócios e/ou parcerias com outros players presentes no hub.

“Na Copa Energia, acreditamos que a inovação é um dos pilares mais importantes para enfrentar os desafios da transição energética. Com o Cubo Energy, queremos ir além da adoção de novas tecnologias: nosso objetivo é fomentar uma cultura de colaboração, unindo startups, corporações e especialistas para desenvolver soluções que impulsionem a sustentabilidade, a eficiência energética e a transformação digital do setor. Estamos comprometidos em liderar iniciativas que fortaleçam o ecossistema de inovação, testando e escalando projetos que gerem impacto real e que ajudem a construir o futuro da energia no Brasil e no mundo”, afirma Pedro Turqueto, VP de Operações e Estratégia da Copa Energia.

Recentemente, o Energy Center, vertical do MIT Technology Review focado em energia publicou um relatório em que apresentou as 10 megatendências para a transição energética, contemplando captura de carbono, inteligência artificial e IoT, energia solar distribuída, armazenamento de energia, combustível sustentável de aviação (SAF) e biomassa, hidrogênio, Pequenos Reatores Modulares (SMRs) e energia nuclear, materiais avançados, fusão nuclear e computação quântica.

A projeção para a captura de carbono, por exemplo, é que este é um mercado avaliado em US$ 2 bilhões em 2022, mas tem potencial e deve subir para US$ 50 bilhões até 2030. Já para eficiência energética com IA e IoT, o mercado foi avaliado em US$ 79,3 bilhões em 2020 e a previsão é que atinja US$ 154 bilhões até 2030.

Os dados mostram que a tecnologia é uma ferramenta essencial para a resolução dos desafios. Do outro lado, temos o “Startup Landscape: Energytechs 2024”, mapeamento feito pela Liga Ventures, que aponta a existência de 252 energytechs no Brasil, um aumento de 342% no número de soluções nos últimos dez anos. A maior parte delas é focada em eficiência energética (20%), seguida por geração compartilhada (15%), data analytics (12%), sustentabilidade (11%), gestão de consumo (9%) e e-mobilidade (9%).

Soluções

Com todo este cenário, a tese do hub nasce baseada em algumas tecnologias mais prioritárias focadas na resolução de alguns desafios.

Sobre transição energética, a iniciativa quer impulsionar o desenvolvimento e a adoção de novas tecnologias para tornar a matriz energética mais diversificada, resiliente e sustentável. O objetivo é facilitar a transição para fontes de energia mais limpas e renováveis, como solar, eólica, hidrogênio verde e biocombustíveis, além de integrar essas fontes com o gás natural e o GLP para garantir segurança energética e flexibilidade. A tese também aborda o combate à pobreza energética e o acesso igualitário à energia. Sistemas híbridos de energia, integração de hidrogênio verde, ferramentas de armazenamento e sistemas descentralizados de energia estão entre as soluções procuradas.

Em relação a eficiência energética, o foco fica na otimização da geração, transmissão e uso de energia em diferentes setores, em busca da máxima efetividade no consumo de recursos. Como consequência, deve haver uma redução no desperdício e melhoria de produção em escala, seja em setores industriais, comerciais ou residenciais. Isso deve ocorrer por meio de tecnologias que permitam economizar ou reduzir custos e minimizar o impacto ambiental. Para isso, sistemas de cogeração e trigeração, plataformas de gestão de demanda energética e sensores para monitoramento avançado devem ser priorizados.

Quanto à digitalização inteligente, o intuito é apoiar a transformação digital por meio da implementação de tecnologias como Internet das Coisas (IoT), Inteligência Artificial (IA) e big data. Com isso, o resultado deve ser a melhora na gestão e operação de sistemas energéticos, permitindo otimizar em tempo real aspectos da geração, distribuição e consumo de energia. Tecnologias relacionadas a redes inteligentes (smart grids), sistemas de IoT e IA, plataformas de gestão e automação de infraestrutura crítica devem ser requisitadas.

“À medida que o setor de energia evolui, novas tecnologias devem surgir para atender à crescente demanda, impulsionada por inovações como a inteligência artificial e outras tecnologias emergentes. Para que possamos sustentar as necessidades futuras, é essencial que essas soluções sejam não apenas eficientes, mas também sustentáveis, garantindo um equilíbrio entre progresso e responsabilidade ambiental”, reforça Filipe Guimarães, Head de Corporates do Cubo Itaú.

Complementar a esses tópicos, mobilidade sustentável se integra de maneira cross em busca de inovações tecnológicas que permitam a transição para formas de transporte mais limpas e eficientes. A expectativa é explorar alternativas ao uso de combustíveis, bem como apoiar a infraestrutura energética necessária para viabilizar essa transformação. Dentro disso, veículos movidos a GNL (gás natural liquefeito) e biocombustíveis, além de ampliar a infraestrutura para o carregamento de veículos elétricos.

Por último, o desenvolvimento e adoção de novas tecnologias que têm o potencial de transformar o setor energético, aumentando a sustentabilidade, eficiência e criando novos valores agregados. Neste ponto, o foco é explorar tecnologias emergentes e suas aplicações. Bons exemplos, são a Captura, Uso e Armazenamento de Carbono (CCUS), novos materiais e nanotecnologia e biotecnologia aplicada à energia.

Futuro do setor

Segundo a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), em julho de 2024, por exemplo, 84,6% da eletricidade gerada no Brasil teve como origem fontes renováveis, com predominância de fonte hídrica (53,9%), eólica (15,2%) e biomassa (8,3%). Entre as fontes não renováveis, 14,4% da energia foi gerada por combustíveis fósseis e 1% vem das usinas nucleares.

Apesar desta matriz mais limpa quando falamos de produção de energia, se o tópico for matriz energética como um todo, é preciso considerar também as fontes usadas para cozinhar e se deslocar, como carvão, gás natural, gasolina e óleo diesel.

Considerando o todo, o cenário deixa de ser positivo. De acordo com o “Balanço Energético Nacional de 2024”, do Ministério de Minas e Energia, mais de 50% da Oferta Interna de Energia (OIE) veio de fontes não renováveis. Mais de 64% do consumo de energia no país em 2023 foi destinado ao transporte de carga e de passageiros e ao setor industrial. Houve um aumento de 4% do uso de energia em 2023 em relação a 2022. Nesta perspectiva, o setor de transportes apresentou a maior participação dentre os setores e se tornou, novamente, o líder no País em termos de consumo de energia.

“Temos muitas oportunidades de construir projetos por meio das conexões entre grandes corporações e com potencial de se tornar referência mundial. Por isso estamos estruturando ações que impulsionem esses encontros para idealizar cases que demonstrem o impacto real dessas soluções”, complementa o CEO do Cubo Itaú.

Entre as ações que serão promovidas pelo Cubo Energy, está o scouting, que consiste na seleção e recomendação de startups para corporações parceiras, ampliando as oportunidades de conexão com potenciais clientes e parceiros, ajudando a posicionar suas soluções no mercado.

Os hackathons temáticos serão eventos focados em desafios reais do setor de energia, onde as startups podem desenvolver, testar e aprimorar suas soluções, ganhando visibilidade e reconhecimento no ecossistema.

Além disso, pitch days, innovation day hub, conteúdo por meio de trilha de capacitação em inovação e energia, entre outras iniciativas estão programadas para acontecer no Cubo Energy.

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