Levantamento da Winnin aponta que reviews sincerões sobre comidas, alimentação plant-based e hacks da vida real têm engajado o público nas redes sociais
Dos pratos gourmets e complexos de fazer para receitas mais fáceis e práticas com mistura de sabores. Esta é a nova relação das pessoas com a comida no atual contexto cultural, é o que mostra o estudo “Cozinha Sem Filtro”, realizado pela Winnin, martech que mapeia a cultura nas redes com inteligência artificial.
O relatório analisou a interação do público nas redes sociais YouTube, Instagram e Facebook, com vídeos relacionados ao universo dos alimentos, mapeamento ainda oportunidades para que marcas se conectem com essa audiência. Dentro do tópico receitas, por exemplo, os vídeos relacionados a “hacks da vida real” tiveram um engajamento total de aproximadamente 18 milhões em maio, contra 9 milhões em janeiro de 2020, um crescimento de 50%. Enquanto “Receita Para Diferentes Níveis de Habilidade” atingiram quase 3 milhões de engajamento total em maio, contra quase 1 milhão em janeiro.
“Durante a quarentena, além do delivery as pessoas também acabaram preparando mais refeições em casa, o que provavelmente provocou essa mudança na relação com a cozinha. Não é à toa que alguns restaurantes já se anteciparam à tendência e criaram produtos para que os consumidores possam reproduzir os pratos famosos, sem precisar sair”, comenta o CEO e fundador da Winnin, Gian Martinez. Como exemplo, o executivo cita a rede McDonald’s que recentemente anunciou a comercialização do molho especial do Big Mac separado do lanche.
O levantamento ainda aponta que reviews “sincerões” de comidas e mistura de sabores também estão chamando a atenção do público. O interesse por conteúdo sobre “combinações inusitadas” aumentou 66% em maio deste ano, ante julho de 2019, indo de um engajamento total de 1.5 milhões para 2.5 milhões. Já os famosos reviews de comidas atingiram 12 milhões em maio, no mês de janeiro esse engajamento total era de cerca de 8 milhões.
Para o executivo, essa mudança cultural traz diversos caminhos para o marketing de empresas do segmento se conectarem melhor com seu público. “As marcas não precisam necessariamente quebrar a cabeça para gerar conversa, elas podem se atentar à essas conversas que já existem nas redes e participarem também, trazendo maior engajamento e destaque a marca”, argumenta.
O plant-based veio para ficar
Cada vez mais em alta, os novos hábitos alimentares como o veganismo e o plant-based também conquistaram as redes sociais com conteúdos relacionados a versões veganas de produtos cárneos e receitas fáceis. O mapeamento mostra que quando o assunto é plant-based, as pessoas acabam engajando com vídeos mais longos que mostram a rotina alimentar de quem já fez a transição para o veganismo e o passo a passo de receitas veganas, diferente dos outros assuntos apontados no relatório que permitem formatos mais curtos e dinâmicos.
“Por isso, é importante também ficar de olho no tipo de formato que performa melhor para cada assunto, para que as marcas possam seguir com conteúdos mais criativos e relevantes para a comunidade”, aponta.