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Pesquisa “Muito Além da Black Friday”, da Globo, mostra consumidor disposto a voltar às compras – tanto pela internet quanto pelas lojas físicas

A economia brasileira busca as melhores saídas para a crise provocada pela pandemia do coronavírus, de um modo ou de outro. Depois de meses confinados e enfrentando diferentes protocolos da quarentena pelo país, parece que o consumidor está mesmo com vontade de voltar às compras, e tanto faz que seja nas lojas físicas ou pelos portais e plataformas de e-commerce ou, enfim, usando aplicativos. Esse cenário está revelado na detalhada pesquisa que a Globo disponibiliza hoje ao mercado publicitário e para todos os brasileiros, através da plataforma Gente.

A pesquisa ”Muito Além da Black Friday” traz um dado importante para o comércio, que vem apostando há mais de 10 anos nessa data: 68% dos entrevistados afirmam que têm o hábito de fazer compras durante as promoções da Black Friday. E o mesmo levantamento é animador para o quesito retomada dos negócios, quando constatou que 7 em cada 10 brasileiros deixaram de comprar algo durante os momentos da pandemia.

Destaque, também, para mudanças na relação dos brasileiros com a data: mais do que uma oportunidade para aproveitar promoções, 65% das pessoas estão enxergando na data uma oportunidade para se presentearem; 55% acreditam que ela será a melhor época para compras este ano; e 51% dizem que irão priorizar produtos de marcas que fizeram algo positivo durante a pandemia.

“A Black Friday terá ainda mais importância em 2020. Consumidores e marcas mais confiantes, devem aquecer o comércio, marcando uma retomada importante para o varejo brasileiro no segundo semestre. Um momento para os grandes, médios e pequenos empresários traçarem estratégias para impactar 9 em cada 10 pessoas que estão dispostas a comprar na Black Friday, sendo que 60% é o consumidor multiplataforma, que assiste a televisão e que também navega online. Com maior volume de recursos nos meses de novembro e dezembro, a época amplia o foco e gera novas oportunidades de consumo, para todas as categorias”, conta Henrique Simões, especialista em Varejo da área Inteligência de Mercado da Globo. 

Ouvindo mais de 1700 consumidores maiores de 18 anos de todo o Brasil e cobrindo as classes A, B e C, a pesquisa da Globo revela uma perspectiva muito positiva para as estratégias que o setor de comércio e serviços, na maioria, começa a preparar desde já e que culminará com o 27 de novembro deste ano.

Pelo posicionamento das pessoas que responderam sobre a intenção de compra, 42% estão decididas a abraçarem as ofertas e novidades que estarão nas prateleiras, físicas ou digitais. Ao mesmo tempo, outras 35% ainda não sabem o que vão fazer, mas 78% desse universo disseram que mudariam de ideia se pudessem ajudar a manter os empregos, num típico gesto de solidariedade em meio às dificuldades que a pandemia impôs a muitas famílias. Um olhar que se reflete, ainda, no apoio ao comércio local e lojas pequenas, que serão prioridade de compra para 42% das pessoas. 

Categorias mais desejadas

A pesquisa também tem a vantagem de confirmar o que vai na cabeça dos entrevistados quanto à lista dos objetos de desejo. Sobre as categorias mais desejadas, considerando o contexto pandemia, destaque para o interesse em móveis e computadores, que tiveram um crescimento de 12 e 9 pontos percentuais, respectivamente, em relação à 2019. Mudança que reflete as novas rotinas, com olhares mais cuidados para a casa e a necessidade de equipamentos para o trabalho remoto. Olhando para todas as categorias, sozinha, a ampla e variada categoria de smartphones lidera com 30% da intenção de compra. Também com 30% estão os eletrônicos, embora aqui entrem de televisores a aparelhos de som, de vídeo games a home theaters e fones de ouvido. Deverão manter o destaque dos anos anteriores nessas promoções os itens de roupas e acessórios, que foram declarados por 31% dos entrevistados.

Além disso, outro aprendizado interessante diz respeito ao setor de turismo, bastante impactado durante a pandemia:  52% comprariam uma boa oferta de viagem mesmo só podendo usufruir quando a pandemia acabar e 57% só veem sentido na compra de uma viagem antes do término da pandemia se puder cancelar sem prejuízo financeiro

Local de compra

A enquete Black Friday 2020 se fixou no consumidor saído da pandemia e que estará diante da febre de compras e promoções que deverá aquecer o quarto trimestre deste ano, bem atípico, acima de tudo. Realizada pela internet, outro dado que deve ser destacado diz respeito aos ambientes onde esse comprador vai buscar as mercadorias. As lojas físicas têm 16% das preferências, com outros 29% fazendo uso da compra por meio da internet, mas a maioria desse público, 55%, diz que consumirá tanto nas tradicionais lojas físicas quanto na internet.

Forma de pagamento

Por fim, como o brasileiro que vai voltar às compras pretende pagar essa conta? A resposta a essa pergunta trouxe cinco meios de pagamento que serão adotados pelos consumidores nos dias da promoção anual da Black Friday, revelando perfis arrojados e reforçando outros mais conservadores em se tratando de dinheiro. Apoiado nas razões como simples, seguro, rápido e parcelamento, o cartão de crédito será a opção de 67% dos entrevistados, seguido pelo dinheiro e a intrínseca busca por mais desconto, com 42%. Outras três opções declaradas foram o débito (35%), boleto (22%) e a modalidade da carteira digital (21%).

O comércio, respaldado pela indústria, e o setor de serviços, apoiado pela capacidade dos profissionais liberais e especializados, sempre aguardam resultados excepcionais com as vendas em datas marcantes, como dia das mães ou dia das crianças. Mas para este ano, tudo leva a crer que as promoções e estratégias que vão anteceder a sexta da Black Friday poderão ser esticadas até o Natal – pelo menos a pesquisa da Globo demonstra que há oportunidades a serem bem exploradas.

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