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Pesquisa inédita revela a pressão estética em mulheres no trabalho

Dentre os principais motivos apontados pelo estudo encomendado pela The Body Shop, estão o peso  corporal, o não uso de maquiagem e as preocupações com o cabelo 

Cerca de 40% das mulheres acreditam ter perdido oportunidades profissionais devido à  aparência. Esse dado faz parte do estudo da The Body Shop em uma colaboração com o Instituto  Plano de Menina – projeto social que tem como missão capacitar e conectar meninas de periferias a  grandes oportunidades que as tornem protagonistas de suas histórias -, que investiga o impacto dos  padrões estéticos para as mulheres no mercado de trabalho. 

A pesquisa adota uma abordagem abrangente, estruturada em duas fases distintas: uma fase qualitativa  e outra quantitativa. Dentro dessas etapas, são explorados temas como a relação entre autoestima e  padrões estéticos, o impacto dos ideais de beleza no contexto do mercado de trabalho, a relação entre  profissionais de recrutamento e seleção versus a aparência dos candidatos e as estratégias adotadas pelas  mulheres, no Brasil, para lidar com essa dinâmica. 

O estudo aponta que após sofrer pressão estética, 45% das mulheres já modificaram a aparência para se  adequar aos padrões de beleza no ambiente profissional. Surpreendentemente, 50% dessa pressão  provém dos próprios colegas de trabalho, seguido por pressões internas, onde as mulheres se comparam  umas com as outras (31%). 

“Por meio dos dados obtidos através desta pesquisa, buscamos promover um debate sobre um tema de  extrema importância, não apenas para as empresas, mas também para toda a sociedade. Como uma  marca comprometida com a promoção da beleza justa, inclusiva e livre de padrões irreais, assumimos o  compromisso de nos posicionar firmemente contra qualquer forma de pressão estética, celebrando a  singularidade de cada pessoa”, afirma Paula Pimenta, General Manager LATAM da The Body Shop. 

A pressão estética no ambiente profissional transcende o desconforto com a aparência. Esse fenômeno  levou as mulheres a duvidar de seus potenciais profissionais. Quando questionadas sobre os  sentimentos após a pressão, 56% afirmam que o desempenho no trabalho sofreu quedas significativas. 

Além da estética, a pesquisa destaca como a pressão por uma aparência padrão impacta diretamente o  crescimento da carreira das mulheres. “Me senti absurdamente mal, devido estar acima do peso e a  empresa usar disso como um empecilho inclusive de promoção”, mencionou uma das mulheres.  Alarmantemente, 60% das mulheres entrevistadas percebem uma falta de diversidade estética e racial nos  cargos de liderança e acreditam que pessoas que estão dentro do padrão estético imposto pela sociedade,  têm maiores chances de atingir cargos altos, pois a beleza conta como um fator de decisão. “Eu sou uma  mulher preta e gorda, e nunca tive um chefe da minha cor”, diz entrevistada. 

Viviane Duarte, presidente do Instituto Plano de Menina e CEO do Plano Feminino, ressalta de forma  contundente a importância da união e do engajamento em iniciativas transformadoras, como essa  pesquisa conduzida em parceria com a The Body Shop. Diante dos dados reveladores sobre a persistência  dos padrões estéticos no mercado de trabalho, ela enfatiza: “A força da mudança reside na nossa  capacidade de nos unirmos, de desafiar o status quo e de promover uma revolução na forma como as  mulheres são percebidas e valorizadas no ambiente profissional. Essa é uma transformação urgente para  que o mercado acolha cada vez mais meninas e mulheres sem ferir quem são, adoecê-las e impactar o  desempenho profissional, uma vez que muitas já enfrentam diversos outros desafios só para chegar nesses  espaços”. 

Em suma, a pesquisa proporciona uma visão profunda e respaldada estatisticamente, dos desafios  enfrentados por mulheres no ambiente de trabalho, instigando reflexões e promovendo ações para  transformar a cultura corporativa e a sociedade como um todo. Territórios esses, nos quais a The Body  Shop já atua historicamente, com foco em promover iniciativas sociais e ambientais como pilares  fundamentais. 

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