Pesquisa da Kantar divulgada pela ABIMAPI indica o desempenho da categoria neste ano baseado no comportamento do consumidor frente a pandemia
Hoje 20 de julho, é celebrado o Dia do Biscoito. O produto é comercializado em mais de 200 tipos nacionalmente, e marcando presença em praticamente 100% dos lares brasileiros, ganhando popularidade devido aos atributos de praticidade, saudabilidade e conveniência.
A ABIMAPI (Associação Brasileira das Indústrias Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados) divulgou uma pesquisa desenvolvida pela Kantar Worldpanel sobre o desempenho da categoria neste ano baseado no comportamento do consumidor frente a pandemia.
Com retração diária dos indicadores, os impactos do COVID-19 na economia desafiam todas as projeções. O Índice de Confiança do Consumidor caiu 7,6 pontos em março, atingindo 80,2 pontos – o menor valor desde janeiro de 2017. No acumulado do 1º trimestre de 2020, a perda foi de 11,4 pontos. E em abril chegou a 58,2 pontos.
A pesquisa apontou que nas primeiras semanas de isolamento (março) os consumidores optaram por estocarem alimentos escolhendo os não perecíveis. Os biscoitos foram destaque com as embalagens grandes (+300gr). Nas semanas posteriores, a indulgência ganhou força com destaque para o consumo de cookies com 11% de volume sendo 20% de crescimento via absorção do volume de recheados, o que impulsionou a retomada de volume médio por lar. Embora ainda “nichados”, a entrada desses segmentos no atacarejo foi fundamental para impulsionar crescimento.
“No 1º quadrimestre, a categoria indicou um aumento de 0,6% em faturamento e uma leve retração de 1,3% em volume (R﹩ 4,7 bilhões e 363 mil toneladas). Produtos de ticket médio menor, ofertados em embalagens grandes e disponibilizados em atacarejos foram os preferidos de vendas do período”, comenta Claudio Zanão, presidente-executivo da ABIMAPI.
Entre os fatores para o crescimento em faturamento estão as refeições feitas em casa totalizando um aumentou 27% durante a pandemia. De acordo com os dados, os brasileiros têm feito mais lanches nesse período. O hábito teve um aumento de 74%, que colaborou para o crescimento do consumo de itens como os biscoitos doces e salgados (+40%).
Entre os drivers de queda estão: a diminuição de frequência de visitas ao PDV; o efeito ampulheta (segmentos mainstream puxam retração dos recheados) e downsizing (iniciativas da indústria para manutenção de preço, que acaba impactando na intensidade de aquisição do shopper).
Para o futuro, o cenário será de retração, por isso é importante se dedicar a revisão de metas, replanejamento do ano e repriorização de projetos, além disso, é essencial fortalecer os laços com o consumidor e pensar em estratégias de vendas que estimulem o shopper em sua jornada de compra, desde o momento da necessidade do produto até a conversão final da venda.
“A expectativa é chegar ao final de 2020 com um crescimento de 3% a 5% em média, que já será um ótimo resultado para o setor”, contextualiza Zanão.
Em 2019 a indústria de biscoitos atingiu R﹩ 18,7 bilhões e 1,47 milhão de toneladas de produtos, leve aumento de 1,7% em faturamento e retração de 1,08% em volume de vendas na comparação com 2018 (R﹩ 18,4 bilhões e 1,49 milhão de toneladas), respectivamente.
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