Ranking das Marcas Mais Valiosas, as Mais Fortes do Brasil e o estudo e ranking das Marcas Orientadas ao Design no Brasil (Design Driven Brands) são desenvolvidos a partir de dados do BAV – Brand Asset Valuator, ferramenta proprietária da WPP
A Design Bridge and Partners, a WPP e a consultoria TM20 apresentaram nesta sexta-feira, dia 30, a edição 2023 do ranking As Marcas Mais Valiosas do Brasil, comemorando os 20 anos da premiação. Mercado Livre, Itaú e Vivo compõe o pódio das 3 Marcas Mais Valiosas, respectivamente. Dentro da edição das Marcas Mais Valiosas 2023, a análise de dados e o desenvolvimento dos rankings foram realizados pela Design Bridge and Partners, consultoria de marca da WPP, e pela TM20. É parceira do projeto a Trademap, provedora de informações financeiras das empresas de capital aberto.
O estudo apresentou também As Marcas Brasileiras Mais Fortes, com Nubank na liderança, bem como As Marcas Globais Mais Fortes presentes no Brasil, com Google no topo.
Além dos rankings já conhecidos de Marcas Mais Valiosas e Marcas Mais Fortes, a edição contou também com o lançamento de um novo ranking, o de Marcas Orientadas ao Design (Design Driven Brands). O Google aparece na primeira colocação, Amazon na segunda e Tramontina na terceira posição. Este Ranking foi criado para construir uma ponte do design, como ferramenta estratégica de transformação, com a geração de valor em um sentido mais amplo.
Todos os rankings e estudos atuais, bem como novas publicações passarão a fazer parte do guarda-chuva BrandAsset Index, uma iniciativa da Design Bridge and Partners e da WPP. O BrandAsset Index nasce para catalisar os estudos de marca desenvolvidos pelas diferentes agências e consultorias da empresa no Brasil, bem como em parceria com outras entidades, incluindo a academia. Os estudos e rankings são realizados a partir de dados do BAV.
“Acreditamos que a melhor maneira de compreender o mundo contemporâneo, pautado cada vez mais pela mudança, é saber fazer as perguntas corretas. Saber interagir e compreender as complexidades do contexto que nos cercam. Para isso, criamos um local de discussão, o BrandAsset Index, concebido pela Design Bridge and Partners, em conjunto com a WPP. Nesse espaço, conseguimos reunir as operações e agências do Grupo, clientes, a sociedade e a academia, como stakeholders importantes para uma discussão mais ampla e profunda acerca do papel que as marcas têm no mundo contemporâneo”, conclui Marcelo M. Bicudo, CEO da Design Bridge and Partners
Saiba mais sobre os rankings, na ordem apresentada:
Marcas mais Valiosas do Brasil
A partir do cruzamento dos dados do BAV com dados financeiros, fornecidos pela Trademap, foi possível a valoração de cada uma das marcas. O estudo técnico liderado pela TM20 e pela Design Bridge and Partners, calculou os valores das principais marcas brasileiras, com destaque para o Mercado Livre, que manteve a primeira posição de 2022 e Itaú, que também manteve sua segunda posição. A grande novidade entre as três primeiras é a Vivo, que sobe uma posição, em relação à 2022. Das dez primeiras colocadas, seis delas registram redução na valoração de suas marcas. Os destaques positivos foram a Localiza que apareceu pela primeira vez na lista das dez, junto com o Quinto Andar, na quarta e quinta posição respectivamente. A XP também sobe algumas posições.
“O final do ano passado praticamente parou o país com as eleições e a Copa do Mundo, além da forte inadimplência, resultado da inflação e de crise econômica. Esse fator tem forte impacto no varejo, com efeito multiplicador que acaba atingindo os bancos também. Localiza aumentou seu valor com a fusão com a Unidas e ainda foi beneficiada com o crescimento das locações impulsionadas por usuários de transporte por aplicativo. O Quinto Andar, por sua vez, está colhendo os frutos por ter revolucionado nos últimos anos a dinâmica do mercado imobiliário”, explica Eduardo Tomiya, Sócio-Fundador da TM20 Branding
O ranking das Marcas mais Valiosas do Brasil:
- Mercado Livre – R$ 10,783 bilhões (-6%)
- Itaú – R$ 4,532 bilhões (-45%)
- Vivo – R$ 2,977 bilhões (-21%)
- Localiza – R$ 1,902 (+124%)
- Quinto Andar – R$ 1,878 bilhões (NA)
- XP – R$ 1,648 bilhões (+33%)
- Magalu – R$ 1,187 bilhões (-51%)
- Skol – R$ 1,179 bilhão (-30%)
- Assaí – R$ 0,988 bilhão (+20%)
- Natura – R$ 0,980 bilhões (-66%)
Marcas Brasileiras mais Fortes
Este estudo se baseia totalmente nos dados do BAV, considerando apenas marcas de origem brasileira ou que possuem uma operação predominantemente em território nacional.
“O BAV nos faz acompanhar a evolução dos mercados com relação à percepção de marcas e nos permite entender o quanto o momento cultural, econômico e social influencia diretamente na percepção e construção das marcas. Por isso, para a WPP, ter o BAV como seu modelo de marcas fundamental nos permite acompanhar o papel que a marca tem em uma sociedade e vice-versa, entendendo que essa relação acontece em qualquer momento da jornada de consumo e sob diferentes contextos”, explica Mariana Pagano, Head de Estratégia e Dados da Grey e líder do BAV no Brasil.
Os dados do BAV para o Brasil são baseados em pesquisa de natureza quantitativa, com base de 16 mil entrevistados em 132 categorias ao longo do segundo semestre de 2022, abrangendo mais de 1600 marcas. O BAV entende marcas fortes como motores de crescimento e geração de valor, ao catalisar o momentum de uma marca em um pilar fundamental: Força da Marca (Brand Strength), composto pela combinação de Diferenciação e Relevância. O resultado foi o ranking das 10 marcas brasileiras mais fortes, com o Nubank novamente em primeiro lugar.
Além da manutenção da liderança do Nubank, o ranking mostra Havaianas e Mercado Livre que não apareciam entre as dez mais fortes de 2022, assumindo a segunda e terceira posição respectivamente, enquanto Americanas saiu da lista por conta de todos os problemas recentes. Natura e Cacau Show, quarto e quintos colocados este ano, subiram duas posições cada em relação à última edição. Apesar de 70% da economia no Brasil ser formada pelo setor de serviços, temos marcas das mais variadas categorias e indústrias. Marcas tradicionais e marcas que chegaram muito fortes na última década. Isso significa que em momentos de crise ou dificuldade, como vivemos em 2022, os consumidores caminham na direção daquelas marcas em que confiam. Confiam porque estas se diferenciam claramente na oferta e proposta de valor, além de possuírem recorrência de uso. Ou seja, essas marcas estão presentes na vida das pessoas, de forma positiva.
O ranking das Marcas mais Fortes do Brasil:
- Nubank
- Havaianas
- Mercado Livre
- Natura
- Cacau Show
- Sebrae
- Tramontina
- iFood
- Brastemp
- O Boticário
Marcas Globais mais Fortes no Brasil
Para as marcas internacionais mais fortes no Brasil, a mesma pesquisa de dados apontou empresas multinacionais de tecnologia novamente à frente, com Google e YouTube mantendo as duas primeiras posições, enquanto Netflix assume a terceira posição à frente do Whatsapp, invertendo posições em relação ao ano passado. A grande novidade é a presença da marca Marvel na quinta posição e a Disney ganhando três posições aparecendo em sexto. Outra novidade entre as dez mais fortes no Brasil é a presença da Nike.
“Essas marcas mantêm a sua relevância se fazendo presente em vários pontos de contato da jornada do consumidor, criando diálogos para além da oferta de produto/serviço. Mantém sua diferenciação, enquanto expandem suas arenas e ampliam sua oferta de benefícios”, diz Renor Sell Junior, líder em estratégia de marca na Design Bridge and Partners.
O ranking das Marcas Globais Mais Fortes:
- YouTube
- Netflix
- Marvel
- Disney
- Amazon
- Nike
- Microsoft
Marcas Orientadas ao Design
A principal novidade para este ano é o ranking das Marcas Orientadas ao Design, criado a partir da correlação de atributos de imagem com Força e Estima de Marca. O agrupamento desses atributos, a partir de análises fatoriais, criaram 7 Drivers de Design. As marcas pontuaram em cada um desses diferentes Drivers e as que mais se destacaram no geral, deram origem ao Ranking aqui apresentado.
Um outro ponto interessante desse estudo, é que ele é totalmente pensado com base na percepção do consumidor brasileiro, ou seja, centrado no usuário das marcas. Esse ponto é bastante relevante, pois de certa forma avalia a experiência que se tem com as marcas e a sua capacidade de responder às necessidades dos consumidores.
“O design não pode mais ser entendido apenas como o produto final. Nenhuma outra abordagem estratégica pode promover a interdisciplinaridade como o design faz, criando uma visão sistêmica de como conectar negócio, marca, sustentabilidade e aspectos técnicos com criatividade”, coloca Marcelo M. Bicudo, CEO da Design Bridge and Partners.
A marca que alcançou a maior pontuação nessa avaliação foi o Google, seguida da Amazon e da brasileira Tramontina. Interessante notar a presença de marcas com alta recorrência na vida dos consumidores, entremeando o mundo digital e físico. São essencialmente marcas que conseguem muito bem resolver as dores das pessoas, com soluções criativas, estéticas e extremamente comunicativas. São em grande medida inovadoras, com certa ousadia, algumas disruptivas em suas categorias, capazes de promover mudança e a evolução da sociedade de forma geral. Possuem identidades singulares e alinhadas com seus posicionamentos. Importante reparar na presença de Tramontina, como única marca essencialmente brasileira e que tem feito grandes esforços no universo do design de produto, bem como na sua relação com seus públicos.
“O design é uma ferramenta estratégica para construção de marcas fortes, permitindo, por meio da adoção estratégica desses drivers, criar novos códigos e formas de conexão das marcas com as pessoas, e assim criar novas arenas ou até mesmo ressignificar a própria cultura”, pontua Renor Sell Junior, líder em estratégia de marca na Design Bridge and Partners.
- Amazon
- Tramontina
- Nike
- Samsung
- YouTube
- Faber-Castell
- Havaianas
- Android
- Netflix