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Estudo ‘Como está a sua Agenda ESG?’, feito em parceria com a Stilingue e Falconi, traça um raio X das organizações nos temas ambientais, sociais e de governança

O Pacto Global da ONU no Brasil, em parceria com a Stilingue, plataforma de monitoramento digital com Inteligência Artificial, e a consultoria Falconi, lançam o estudo ‘Como está a sua Agenda ESG?’, feita com 190 organizações, da iniciativa privada, do setor público e do terceiro setor, que apontou o cenário da agenda ESG no Brasil. A pesquisa, que foi realizada a partir de questionário de pesquisa e o monitoramento da temática nas redes sociais com social listening, aponta que 78,4% das respondentes afirmaram ter inserido o ESG na elaboração das suas estratégias de negócio, o que mostra o amadurecimento dessa agenda no Brasil. 

Além do clima, a tecnologia e as novas gerações são pilares para manter essa temática como prioritária. O acesso crescente às novas tecnologias, bem como a ascensão de tecnologias desenvolvidas por inteligência artificial, tem nos trazido muitas soluções inovadoras em diversas frentes. Não à toa, um novo setor, de Tecnologia, surge nesta pesquisa que apresentamos aqui dentre os 5 mais citados em 2022, no ranking dos setores mais vinculados ao ESG no universo digital. As big techs como Microsoft, IBM e Dell entram na pauta sobre o desenvolvimento de produtos que auxiliam as empresas no atingimento de metas sustentáveis.

O estudo também fez um raio X sobre os motivadores para uma agenda ESG nas organizações. E o que mais inspira a implementação de uma agenda ESG é a preocupação com os impactos ambientais e uma economia sustentável. Mesmo assim, ainda o maior impacto efetivamente percebido por 70% das empresas que implementaram a agenda é em sua reputação e imagem. Além disso, para 35,8% delas há nos recursos e para 34,2%, na atração e retenção de talentos. O fator menos apontado foram as exigências do consumidor, o que demonstra que na maior parte dos segmentos, incluindo Indústria, Serviços e Comércio, ainda não se percebe de maneira expressiva essa demanda.

“Apesar de as empresas ainda verem reputação e imagem como os principais valores quando falam de implementação de ESG, está claro que toda essa agenda está cada vez mais madura, sobretudo entre líderes empresariais e investidores. Já deixamos para trás o tempo em que algumas poucas áreas de uma empresa tratavam de sustentabilidade e vemos que CEOs estão cada vez mais engajados e engajadas no tema, o que é fundamental para o avanço da Agenda 2030 como um todo. E não vamos ter como voltar para trás. A sociedade está cobrando, é uma exigência de stakeholders, e a expectativa é de que esses números e essa ‘pressão’ só cresçam”, afirma Carlo Pereira, CEO do Pacto Global da ONU no Brasil.

E isso é refletido também em empresas que não possuem práticas ESG, já que 67,4% delas relatam não ter sofrido impactos negativos por esse motivo, como quaisquer tipos de sanções. Além disso, 58% também nunca recusou fornecedores e/ou parceiros utilizando este tipo de critério. Porém, esse cenário pode estar mudando, uma vez que 8,9% relatam ter perdido negócios ou consumidores, 4,2% perderam valor de mercado e 3,7% tiveram dificuldade de acesso a linhas de financiamento. O impacto negativo mais perceptível, em 13,2% das empresas, foi o menor engajamento de funcionários e a dificuldade de atração de talentos.

De maneira geral, as organizações apontam que para conseguir avançar com a agenda ESG é necessário ter uma melhor estruturação das áreas de apoio para implementação (percepção de 25,7% dos respondentes), maior capacitação dos profissionais nessa agenda (17,5%), o incremento de ações para conscientização das práticas ESG (17,5%) e maior apoio da liderança (15,3%).

O apoio da liderança fica evidenciado também nas respostas das organizações em relação às dificuldades de avanço na agenda, na qual os fatores apontados indicam a dissociação da agenda ESG da estratégia da empresa, uma vez que faltam metas financeiras associadas, orçamento dedicado, conexão da agenda a ações que já acontecem dentro da empresa e conexão dos pilares E, S e G de forma transversal nas áreas e departamentos.

Abaixo, mais números da pesquisa pelos pilares analisados:

Pilar Ambiental

As iniciativas das empresas em relação ao pilar ambiental se concentram no treinamento dos colaboradores no tema e em ações como redução, reciclagem e destinação sustentável de resíduos, que são ações mais simples de serem executadas por exigirem menos recursos.

Porém, é notável que as iniciativas de redução de emissões de gases de efeito estufa se tornaram muito relevantes para empresas de todos os segmentos e portes, uma vez que 62,1% têm investido em tais iniciativas, sendo o tema mais trabalhado na Indústria, Infraestrutura, Comércio e Agronegócio. Isso demonstra que mesmo sendo iniciativas que exigem mais recursos – como, por exemplo, para realizar o inventário de carbono e ter ações concretas para redução das emissões – é algo que está sendo exigido na maior parte dos negócios, seja por investidores, clientes, fornecedores ou mesmo pelo próprio impacto positivo que a organização deseja promover.

Pilar Social

O pilar social, muito associado a ações com as comunidades locais (foco de 68,4% das empresas), apresentou também força nos temas de diversidade e inclusão (68,4%) e de saúde e bem-estar (67,9%). Os segmentos de Agronegócio e de Construção, ainda considerados predominantemente masculinos, parecem encontrar maiores desafios para trabalhar ações de diversidade e inclusão, engajando-se mais em iniciativas de saúde e bem-estar.

Pilar Governança

Para as organizações pesquisadas, a agenda de governança se pauta mais fortemente em ter um Código de ética e comportamento (foco de 85,8% das organizações), trabalhar a cultura, valores e propósito (74,2%) e ter Políticas de Compliance (66,8%). O tema de sucessão de pessoas chaves é o menos trabalhado por empresas de todos os portes e segmentos.

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