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Por Igor Saringer, criador de conteúdo

Uma das coisas mais difíceis para os criadores de conteúdo em quarentena é se adaptar à rotina. Muitos, assim como eu, focam a maior parte do trabalho em conteúdo externo, seja passeando ou viajando. Mas as coisas mudaram. Segundo uma pesquisa da ioasys, 70% dos brasileiros acham que a situação só voltará ao normal em alguns meses. Qual o futuro da criação de conteúdo, então?

Provavelmente pensando nisso que o Instagram anunciou, finalmente, que começará a mostrar anúncios no IGTV. A plataforma, que foi lançada há dois anos, ainda não deslanchou e esse desinteresse da audiência pode estar ligado a quem, de fato, produz conteúdo por lá. Alguns influenciadores e celebridades nunca sequer usaram a ferramenta e isso se deve ao fato dessa ser uma das poucas redes sociais que não monetiza vídeos, como o Facebook e o YouTube.

Durante esse período de isolamento social vimos que o engajamento aumentou bastante, as pessoas estão em casa consumindo mais conteúdo, seja séries e filmes ou vídeos da internet. Segundo a mesma pesquisa, os brasileiros estão passando, em média, quatro horas por dia conectados com mídias sociais e 78% acessam o Instagram todos os dias. Estando 24/7 em casa, ou não, quem trabalha com isso logo terá mais uma fonte de renda.

Recentemente, o Instagram começou a permitir que os usuários salvem suas lives feitas na plataforma direto no IGTV. E para incentivar ainda mais a febre que os vídeos ao vivo se tornaram em tempos de pandemia, em breve os fãs poderão adquirir Badges, aqueles corações que ajudam a bombar o vídeo entre os seguidores. Assim, o fã poderá pagar para ter seu comentário em destaque durante a transmissão e aumentar a chance de ser notado.

As novidades serão testadas primeiro nos Estados Unidos, mas já surte um impacto forte no mercado como um todo. Isso porque a monetização do YouTube, que já não é mais a mesma de cinco anos atrás, quando um vídeo que viralizava era extremamente mais rentável, pode sentir a mudança, já que agora as marcas poderão dividir ainda mais o seu capital.

Será que o mercado já parou para pensar por que tanto YouTuber tem um trabalho tão forte na plataforma mas não no Instagram? Esse novo recurso fará com que a rede social cresça ainda mais e outros influenciadores digitais voltem seus olhos para ela. Para alguns pode ser um recomeço ter que criar uma fanbase maior no Instagram, mas para outros isso significa uma democratização. Agora é uma batalha justa para o criador de conteúdo escolher onde ele quer colocar o seu material, e criar novos produtos pelo seu ponto de vista, especialmente, na vertical.

As redes sociais continuarão a disputar a atenção da publicidade e dos influenciadores, mas agora há mais um jeito de produzir e ser pago por isso. E aí, em qual rede o seu conteúdo vai monetizar?

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