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Thaya Marcondes, Abelardo Marcondes e Laura Wie durante abertura do evento Créditos Samuel Chaves (1)

O mercado de luxo global vive um momento de transição e adaptação, como apontou a pesquisa exclusiva da Euromonitor International apresentada durante a 4ª edição do Luxury Lab Global no Brasil, realizada no JW Marriott Hotel São Paulo. Com o tema “Crafting the Future of Innovation”, o evento idealizado por Abelardo Marcondes e Thaya Marcondes, é o fórum mais influente sobre tendências e estratégias no mercado de marcas de luxo e turismo na América Latina, e reuniu empresários, especialistas e líderes do setor para debater tendências, o impacto da Web 3.0, inteligência artificial e práticas sustentáveis no segmento, traçando os rumos do luxo frente a um cenário econômico e social em constante transformação.

“O mercado de luxo continua a mostrar resiliência, mas está se preparando para um crescimento econômico global mais lento. Em 2024, esperamos um crescimento de 4% no setor, com perspectivas otimistas de 6% para 2025. Essa evolução será moldada por uma complexa interação de fatores, como a demanda de mercados emergentes, instabilidade geopolítica e questões de sustentabilidade”, destacou Fflur Roberts, Head of Luxury Goods da Euromonitor International.

A pesquisa revelou que o Brasil se destaca como um dos mercados mais promissores no cenário do luxo. O país ultrapassou os níveis de vendas pré-pandêmicos e é responsável por um quarto dos gastos regionais no setor. Até 2025, espera-se um crescimento saudável de 7%, impulsionado por uma população jovem e ambiciosa.

Entre os destaques globais, o evento ressaltou a crescente digitalização do luxo e a importância da experiência omnichannel. Apesar da força do e-commerce, os consumidores brasileiros ainda priorizam o toque humano: 46% afirmam que a possibilidade de ver e experimentar os produtos nas lojas físicas é determinante para suas decisões de compra.

Outro ponto relevante foi o papel transformador da inteligência artificial. “A IA generativa está remodelando o mercado, oferecendo hiperpersonalização e permitindo às marcas criar experiências inovadoras e alinhadas às expectativas dos consumidores. Essa tecnologia não é apenas uma ferramenta, mas uma parceira criativa para enriquecer o engajamento com os clientes”, complementou Roberts.

O evento também debateu a crescente pressão por práticas sustentáveis e a busca por propósito entre os consumidores. “As novas gerações, como Millennials e Gen Z, estão redefinindo o que significa luxo. Não se trata apenas de preço, mas de valores, autenticidade e impacto positivo. Para se manterem relevantes, as marcas precisam se comprometer com ações concretas que criem confiança e lealdade”, reforçou a executiva.

Combinando inovação tecnológica, sustentabilidade e experiências memoráveis, o mercado de luxo caminha para um futuro em que propósito e inovação estarão no centro das decisões estratégicas.

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