Pesquisa global aponta que 56% das pessoas se sentem excluídas por descrições atualmente utilizadas em produtos de higiene e beleza
A Unilever, umas das maiores fabricantes de bens de consumo no mundo, dona de marcas como Dove, Seda, Lifebuoy, Rexona, Love Beauty and Planet e Vasenol, anuncia hoje (9) o movimento Beleza Positiva, sua nova visão e estratégia para a categoria de beleza, higiene e cuidados pessoais ao redor do mundo. O movimento visa promover mudanças positivas tanto para as pessoas quanto para o planeta.
Uma das principais frentes desse movimento será a retirada do termo “normal” das embalagens e também da publicidade de seus produtos de beleza e cuidados pessoais. A empresa se compromete a não fazer qualquer alteração digital para modificar o tamanho, formato e/ou proporção do corpo e a cor da pele em fotos de anúncios, e vai trabalhar para aumentar cada vez mais a diversidade na propaganda de suas marcas. A Unilever foi uma das primeiras signatárias da Aliança sem Estereótipo da ONU, em 2017, e a apoiar a regionalização do movimento na América Latina, começando pelo Brasil.
Mudanças positivas para as pessoas e para o planeta
A decisão de remover a definição ‘normal’ das embalagens e da publicidade das marcas de beleza e cuidados pessoais é apenas uma das ações dentro do que está sendo anunciado pela companhia. Os compromissos incluem:
- Usar o poder de abrangência das marcas Unilever para melhorar a saúde e bem-estar, além de avançar em equidade e inclusão, impactando 1 bilhão de pessoas por ano, até 2030. O foco das ações será:
- Atuar pelo fim da discriminação na beleza e defender a inclusão desafiando ideais de beleza, construindo um portfólio mais inclusivo.
- Impulsionar a equidade de gênero por meio de programas que serão conduzidos por nossas marcas, desafiando o status quo e trabalhando por uma publicidade livre de estereótipos (#unstereotyping)
- Melhorar a saúde e bem-estar por meio de iniciativas educacionais já existentes sobre lavagem de mãos e higiene bucal, expandindo para a saúde física e bem-estar mental.
- Colaborar para a proteção e regeneração de 1,5 milhão de hectares de terras, florestas e oceanos até 2030, o que representa uma área maior do que a necessária para o cultivo de ingredientes renováveis utilizados nos produtos de beleza e cuidados pessoais.
- Apoiar a proibição global de testes em animais até 2023, trabalhando em conjunto com órgãos legisladores, organizações de proteção animal e outras empresas com objetivos semelhantes. A Unilever tem 23 marcas de Beleza e Cuidados Pessoais já aprovadas pela PETA, além de outras em busca desta certificação.
“Normal” faz com que 56% das pessoas se sintam excluídas
Pesquisa realizada pela Unilever com 10 mil pessoas em nove países – Brasil, China, Índia, Indonésia, Nigéria, Arábia Saudita, África do Sul, Reino Unido e EUA – entre os dias 28 de janeiro e 15 de fevereiro de 2021 revelou que o uso da palavra “normal” para descrever tipo de cabelo ou de pele faz com que 56% das pessoas se sintam excluídas.
Sete em cada dez entrevistados pela pesquisa afirmam que o uso da palavra “normal” nos produtos de beleza e cuidados pessoais contribui para a percepção negativa da autoestima. Dentre os mais jovens, respondentes com idades entre 18 e 35 anos, esse percentual é ainda maior: 80% consideram a denominação prejudicial para a autoaceitação.
Para 74% dos entrevistados a indústria da beleza precisa focar em contribuir para que as pessoas se sintam bem, muito mais do que fomentar a ideia de uma “boa aparência”. Fotos editadas, celebridades, modelos e influenciadores que não parecem autênticos e reais, e a pressão para a compra de produtos “antienvelhecimento” foram apontados como os principais fatores de interferência na autoestima.
No Brasil, 58% acreditam que a indústria reforça ideais restritivos em torno do que é considerado o padrão de beleza, e 64% das pessoas se sentem pressionadas a ter uma determinada aparência para se adequar ao que é considerado belo pela sociedade.
Para Sunny Jain, presidente da Unilever na categoria de beleza e cuidados pessoais, o crescimento da consciência em relação às consequências dos padrões de beleza, e a influência disso no modo de pensar e agir das pessoas, proporciona à Unilever e suas marcas a oportunidade de gerar grande impacto na sociedade. Um bilhão de pessoas utiliza algum produto de beleza e cuidados pessoais da Unilever todos os dias. “Sabemos, é claro, que remover o ‘normal’ por si só não resolverá o problema, mas acreditamos ser esse um primeiro passo importante dentre muitos outros que virão em direção a um conceito mais inclusivo de beleza, livre de estereótipos. Ao adotar a visão da Beleza Positiva em nossos negócios, queremos fazer o bem tanto as pessoas quanto para o planeta”, diz.
De acordo com a presidente do Centro de Pesquisa Internacional sobre a Mulher, Sarah Degnan Kambou, todos os dias, lemos e ouvimos mensagens sobre como ‘se encaixar’, como ser incluído em definições muito restritas do que é considerado ‘normal’. “Para defender a equidade, precisamos desafiar esses padrões restritivos para cada vez mais termos sociedades e comunidades que celebrem a diversidade – e as qualidades e ideias únicas que cada pessoa traz. Nesse sentido, a beleza não é exceção. Estamos ansiosos para ver a Unilever avançar nesses compromissos e acompanhar a evolução desses indicadores”, diz.
Inovação
Para impulsionar e acelerar a transformação no modo como são desenvolvidos os produtos de beleza e cuidados pessoais de marcas como Dove, Seda, Lux, Vasenol e Love Beauty and Planet, e todas as outras que fazem parte desta categoria, a Unilever vai se apoiar em inovação e tecnologia para avançar no uso de ingredientes mais naturais, biodegradáveis, ao mesmo tempo em que continuará se dedicando ao redesign de embalagens para reduzir cada vez mais o uso do plástico.
Segundo Juliana Carvalho, diretora da Unilever no Brasil, “os consumidores esperam cada vez mais que as empresas assumam uma posição a respeito de questões importantes, o que se comprova pelo fato de as marcas com propósito da Unilever terem demonstrado crescimento duas vezes maior em 2020 na comparação com outras marcas do portfólio da companhia”.