Nos últimos cinco anos, aportes da empresa em suas operações brasileiras superaram R$ 8,1 bilhões
A Cargill, apresenta os resultados do ano calendário de 2024 com uma receita operacional líquida de R$ 109,2 bilhões e investimentos que somam R$ 1,7 bilhão.
Ao longo dos últimos cinco anos, a companhia alcançou a marca de R$ 8,1 bilhões em recursos financeiros empregados em sua operação no País, que conta com 29 fábricas, 75 armazéns, sete terminais portuários, dois centros de inovação, um centro de serviços compartilhados, cinco centros de distribuição, 14 escritórios comerciais e quatro escritórios corporativos.
O volume total originado, processado e comercializado pela Cargill em 2024 atingiu a marca de 45 milhões de toneladas, o que reforça a importância do Brasil como um dos principais produtores de alimentos do mundo e um país estratégico para a empresa, cuja atuação é marcada por conectar aqueles que cultivam e produzem alimentos com quem comercializa e consome em todo o mundo.
Segundo Paulo Sousa, presidente da Cargill no Brasil, o ano de 2024 foi especialmente desafiador, não apenas para a Cargill, mas para o mercado de commodities como um todo. “Estamos no mercado global há 160 anos e, especificamente no Brasil, há seis décadas. É essa ampla expertise em conhecer, analisar e encontrar soluções inovadoras para os períodos mais difíceis é que fazem da Cargill uma das empresas com capacidade de conectar quem produz e quem consome alimentos. Apesar dos desafios, sabemos que o Brasil tem um papel vital para a alimentação global e, justamente por isso, a Cargill segue investindo em nossa expansão e na melhoria da nossa operação no País, reafirmando mais uma vez o compromisso com a produção e o transporte de alimentos cada vez mais sustentável”.
A companhia registrou prejuízo contábil líquido no período, de R$ 1,7 bilhão versus um lucro de R$ 2,5 bilhões no ano anterior. É importante destacar que o prejuízo contábil não altera a estratégia da empresa de seguir crescendo no país. “Nos orgulhamos de investir, de forma consistente, mais de R$ 8 bilhões nos últimos cinco anos e seguiremos direcionando recursos para expandir nossa operação no Brasil. Os fatores que mais impactam o resultado contábil líquido no último ano estão o câmbio e a oscilação nos preços das commodities, além dos custos do transporte, em especial o frete ferroviário”, explica o executivo.
Destaques do ano de 2024
O processo de integração das três plantas de biodiesel e quatro armazéns adquiridos da Granol no ano anterior avançou nos quesitos de segurança, pessoas, gestão e produção e registrou os primeiros carregamentos de farelo de soja e biodiesel como Cargill, além de glicerina bidestilada e lecitina. Além disso, o novo terminal de Porto Velho, que terminou o ano em fase de testes, vai contribuir para a melhoria da logística de grãos no Arco Norte, alinhado ao crescimento do agronegócio no Brasil.
Foi lançado o programa ReSolu para promover a construção de sistemas de produção mais resilientes e eficientes, pautados na melhoria da saúde do solo. Por meio do programa, a Cargill dá acesso a práticas agrícolas que possam acelerar e dar escala à agricultura regenerativa no Brasil, com assistência técnica especializada, portfólio de insumos, soluções financeiras e mensuração de carbono.
O volume de soja verificada do Programa 3S registrou 17% de aumento na safra 2022/2023 em relação ao período anterior. Quando somadas, as áreas agrícolas ultrapassam 737 mil hectares distribuídos em oito estados brasileiros: Bahia, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará e Paraná.
No segmento de nutrição animal, a Cargill iniciou a operação na fábrica de Pato Branco (PR), por meio da recente aquisição da planta industrial da Anhambi Produção Animal. Esse movimento permitiu a redução da distância entre a fábrica e as granjas de suínos, trazendo um importante impacto de sustentabilidade. Para fortalecer a presença da companhia em regiões estratégicas e fomentar a produção sustentável, foram firmadas parcerias com a Bom Negócio, em Patrocínio (MG), para a produção de suplemento mineral no estado mineiro, e com a Coamo, em Campo Mourão (PR), com foco em ração para os portfólios de aves e suínos.
O programa de transformação do setor cacaueiro, o Cargill Cocoa Promise, destinado aos agricultores e suas comunidades para promover melhores rendimentos enquanto cultivam o cacau, celebrou, em 2024, uma década de fomento a uma cadeia de cacau transparente e sustentável. A Cargill expandiu ainda suas parcerias na produção do cacau, desta vez com a Algar Farming. O projeto envolve a restauração de uma área de três mil hectares na Fazenda Pacajá, no Pará, anteriormente destinada à pastagem.
O Programa ReaLiza, lançado em 2010 e voltado à reciclagem de óleo usado, consolidou-se como uma das maiores iniciativas de logística reversa do Brasil. Presente em 23 estados e 278 cidades, o programa expandiu sua atuação por meio de uma parceria estratégica com a rede Carrefour, abrangendo todas as redes de supermercados e hipermercados das marcas Carrefour e Sam’s Club. Com cerca de 9,9 mil pontos de coleta espalhados pelo país, o ReaLiza já recolheu quase 14 milhões de litros de óleo usado desde a sua criação.
Crescendo com as comunidades
Em 2024, a Cargill seguiu investindo em projetos socioambientais no Brasil comprometida com a geração de impacto positivo nas comunidades em que atua. Para potencializar a atuação da empresa nos territórios, a empresa contou com a colaboração de 18 parceiros implementadores, em 28 iniciativas, alcançando mais de 42 mil pessoas em diversas comunidades.
A Fundação Cargill, presente em 18 estados, mobilizou 1.930 voluntários que dedicaram mais de 10.000 horas a 101 comitês de voluntariado. Por meio de chamadas públicas e parcerias estratégicas, apoiou 36 projetos e premiou 14 equipes da Enactus Brasil no Prêmio Alimentação em Foco.