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Por Juliano Müller de Souza, gerente de Transformação Digital da Calçados Bibi

Buscando se manter competitiva no mercado, em 2018, a Bibi criou a área de transformação digital, comandada por mim, como gerente de Transformação Digital. Sai do setor de infraestrutura e assumi o desafio de liderar a área, com objetivo de desenvolver e acelerar projetos, inicialmente com foco no Varejo. A Calçados Bibi estava à frente de várias iniciativas com foco no cliente e na digitalização. Com a chegada da pandemia de COVID-19 no Brasil, a rede com 130 unidades acelerou ainda mais os planos de transformação digital. A meta para 2020 foi consolidar as competências dos canais digitais da rede de franquias. No ano passado, registramos um crescimento de 151% nas vendas digitais em canal próprio (e-commerce) e de 207% na rede online, explorando diferentes plataformas, em relação ao mesmo período em 2019.

Com a pandemia, além de acelerar as entregas de projetos, a Bibi contratou e expandiu a área em questão. Com o movimento de criação e expansão da equipe, por meio de tecnologias existentes e novas, em um período de lojas fechadas, foi possível auxiliar nas vendas por meio do digital e de ferramentas atuais. Além disso, vale ressaltar que é de suma importância a indústria calçadista, como um todo, investir no processo de digitalização do mercado para ganhar maior competitividade. Aqui na Bibi, a inovação é algo que faz parte do DNA da marca e está presente nas equipes de todos os setores da empresa.

Entre os projetos, a Bibi conta com a Prateleira Infinita, que é a integração entre as lojas físicas e o canal online. Se o cliente está em uma unidade e deseja um produto que não tenha disponível na loja, a consultora de vendas pode efetuar a venda retirando o calçado do centro de distribuição do e-commerce e o cliente pode optar por retirar o produto na loja ou se preferir receber em sua casa. O contrário também acontece, por meio do Clique & Retire, pois o consumidor pode comprar online e retirar na loja de sua preferência. Há também o Bibi Delivery e Bibi Home. Aqui, o cliente fala com a vendedora pelo WhatsApp, consulta os produtos disponíveis na loja por meio de um catálogo online, faz o pedido, efetua o pagamento pelo celular via link e recebe o calçado em casa. Uma das modalidades que cresceu muito durante a pandemia foi a Entrega Expressa. Neste caso, as lojas da Bibi atuam como mini centros de distribuição do e-commerce, considerado pela marca uma frente de loja.

Na minha visão, se não fossem os projetos de transformação digital, a Bibi não teria saído ilesa de um momento tão desafiador, como este de pandemia. Percebo que muitas empresas, principalmente calçadistas, ainda não apostaram na digitalização dos seus negócios. Entendo que, assim como outras revoluções que ocorreram, as marcas que não se reestruturarem, infelizmente ficarão pelo caminho, pois o comportamento do consumidor mudou e as empresas precisam mudar de forma constante para atender às necessidades do público-alvo.

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