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Dexco abre chamada e busca startups para co-criar inovações em processos da indústria de materiais de construção

Diante do cenário econômico ainda instável, a empresa apresentou novamente resultado resiliente na Divisão de Madeira e melhora sequencial de Acabamentos em relação ao 4T23

A Dexco, detentora das marcas Deca, Portinari, Hydra, Duratex, Castelatto, Ceusa e Durafloor, registrou Receita Líquida de R$ 1,9 bilhão no primeiro trimestre de 2024, 13% maior do que no 1T23. O EBITDA ajustado e recorrente do trimestre foi de R$ 555 milhões, considerando os R$ 113 milhões advindos do negócio de celulose solúvel, representado pela LD Celulose, joint venture com a austríaca Lenzing, o que representa um crescimento de 14% na comparação anual. O Lucro Líquido Recorrente apresentou resultado positivo de R$ 27 milhões, enquanto o Pro-Forma (incluindo resultado do negócio de celulose solúvel) registrou prejuízo de R$ 4 milhões.

Segundo a empresa, a variação em comparação ao 1T23 é fruto de um efeito não caixa. Houve uma evolução positiva nos resultados dos negócios medidos pela Receita e EBITDA, enquanto que, no mesmo período de 1T23, a companhia teve o impacto positivo do valor do Ativo Biológico, que apresentou estabilidade em 1T24, ainda em patamares altos.

A divisão Madeira, com as marcas Duratex e Durafloor, apresentou EBITDA Ajustado e Recorrente de R$ 439 milhões no primeiro trimestre de 2024, o que representa aumento de 33% na comparação anual. A Receita Líquida foi de R$ 1,33 bilhão, 17% maior do que no 1T23. “Tivemos um desempenho consistente do negócio de painéis de madeira e a rentabilização de ativos por meio de negócios florestais. Assim, o trimestre trouxe um resultado muito sólido, até levemente superior ao 4º trimestre de 2023 e, de novo, tivemos um recorde trimestral. O ambiente setorial está melhor tanto no mercado de marcenaria quanto na indústria moveleira, refletindo em aumento de vendas em MDF e MDP, em relação ao mesmo período no ano passado”, avalia Antonio Joaquim de Oliveira, CEO da Dexco.

A divisão de Celulose Solúvel, representada pela LD Celulose, passou por uma parada de manutenção programada, registrando EBITDA Recorrente de R$ 231 milhões no 1T24 e margem de 39%. “Neste trimestre foi realizada uma parada para manutenção abrangente, o que impactou os custos de forma relevante. Contudo, a fábrica opera em ótima capacidade, com nível de qualidade excelente, e seguimos confiantes com os resultados da LD Celulose”, explica Oliveira.

A divisão Acabamentos para Construção registrou uma redução sequencial do patamar de custos e melhora da rentabilidade versus 4T23. A unidade de Louças e Metais, com as marcas Deca e Hydra, encerrou o trimestre com Receita Líquida de R$ 393 milhões, 4% maior do que no 1T23, alavancada pela melhora de mix, e EBITDA ajustado e recorrente negativo de R$ 2 milhões no 1T24, um avanço em relação ao 4T23. “Quando olhamos para o sequencial é possível identificar que a divisão apresentou importante evolução de seus resultados. A perspectiva é que ocorram melhorias de forma gradual”, afirma Francisco Semeraro, CFO da Dexco. A unidade de Revestimentos, que atua com as marcas Ceusa, Portinari e Castelatto, também apresentou evolução gradual de market share e uma rentabilidade favorecida pelo maior nível de ocupação fabril. A operação sem efeitos de paradas temporárias, que foram realizadas no 4T23, teve reflexos diretos na melhoria de custos e resultou em EBITDA Ajustado e Recorrente de R$ 4 milhões, com margem de 2%, no 1T24.

De acordo com a empresa, a forte presença na Expo Revestir 2024, maior feira de revestimentos da América Latina, foi importante para promover, junto ao mercado, a grande fortaleza da Dexco, que é ter um dos mais amplos portfólios do país no setor, com sete marcas sinérgicas que entregam soluções diferenciadas para construção, reforma e decoração. “A companhia está investindo na estratégia de promover mais integração entre suas marcas de produtos, e de explicar essas vantagens e benefícios de complementariedade de portfólio para o mercado. Vamos caminhar cada vez mais nesse sentido, com uma marca fortalecendo a outra”, ressalta Semeraro.

Gestão estratégica e investimentos

A Dexco fechou o 1T24 com alavancagem de 3,3x, leve crescimento em relação ao mesmo período do ano anterior, representando um patamar compatível com o ciclo de investimentos 2021-2025. “A companhia segue com os investimentos estratégicos, em especial, na nova fábrica de revestimentos em São Paulo, com início das operações previsto para o segundo trimestre de 2024. Além disto, a sazonalidade dos negócios e necessidade de investimentos em formação de florestas para o suprimento aos negócios elevou pontualmente os investimentos em capital de giro e Capex.”, diz o CFO.

A empresa destinou R$ 160 milhões ao Capex Sustaining, reforçando o investimento na recomposição de sua base florestal após importante consumo de madeira decorrente de alta ocupação fabril e dos negócios florestais executados. “Os investimentos que estão sendo conduzidos para recomposição e expansão de ativos florestais devem se consolidar, cada vez mais, como um diferencial competitivo, dado que há limitada disponibilidade para atividades florestais no Brasil. A ampliação da nossa base florestal no Nordeste pode ser geradora de novas oportunidades”, analisa Francisco Semeraro.

No trimestre, foram investidos R$ 103 milhões em projetos estratégicos, dando continuidade ao ciclo iniciado em 2021. Deste valor foram aportados R$ 76 milhões na nova unidade de revestimentos cerâmicos em Botucatu (SP); R$ 11 milhões em projetos de produtividade, melhora de mix e automação de louças; R$ 7 milhões para melhora de mix de painéis de madeira e expansão da base florestal; além de R$ 9 milhões em startups que buscam a sustentabilidade e a transformação do paradigma construtivo, por meio de seu Fundo de Venture Capital – o DX Ventures. Mesmo com todos os investimentos, a Dexco permanece com nível de capital de giro sobre receita líquida em patamares baixos, abaixo inclusive do registrado no período pré-pandêmico.

Ademais, os processos de liability management liderados pela empresa seguem bem-sucedidos. No início de janeiro, a emissão complementar de um CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio) no montante de R$ 375 milhões contribuiu para o alongamento do prazo médio de pagamento da dívida da companhia em 0,2 ano, e também para que a empresa tivesse uma distribuição mais equalizada da dívida de longo prazo, atualmente representando 83% do endividamento bruto da empresa, o que oferece tranquilidade para a tomada de decisão pela administração.

De acordo com o executivo, em 2024, a companhia permanece focada em maximizar a rentabilidade de suas operações, em especial em relação à captura de seus projetos do Ciclo 2021-2025, e disciplinada em seu controle de custos, despesas e investimentos. “A Dexco segue atenta aos movimentos dos mercados em que atua e preparada para atender clientes e consumidores com alto nível de serviço. A expectativa da retomada de lançamentos imobiliários nos próximos meses, a recuperação gradual do mercado de acabamentos para construção e a estabilidade do preço da madeira são indícios de possível melhora para os próximos trimestres”, conclui Francisco Semeraro, CFO da Dexco.

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