Resultado, na Visão Negócio em IFRS 4, considera R$ 82,6 milhões de
lucro recorrente e R$ 33,4 milhões não recorrentes.
No acumulado do ano, lucro líquido total chega a R$ 260,2 milhões.
Resultado de subscrição fecha o 3T24 em R$ 117,9 milhões, ante R$ 10,8
milhões no 3T23.
Índice de sinistralidade apurado no 3T24 é de 67,9%, registrando
melhora de 6,1 p.p. ante 3T23.
Índice combinado de 102,1%, no 3T24, é 8,1 p.p. melhor que o verificado
no 3T23.
Lucro líquido apurado na metodologia IFRS 17 é de R$ 192 milhões no
3T24.
O IRB(Re) registrou lucro líquido total de R$ 115,9 milhões no terceiro trimestre de 2024 (3T24), alta de 142,8% frente ao lucro de R$ 47,7 milhões apurado no 3T23. O resultado considera R$ 82,6 milhões de lucro recorrente e R$ 33,4 milhões não recorrentes, referentes à venda de terreno no Rio de Janeiro. Os números, divulgados hoje (12/11) conforme a Visão Negócio, mostram a evolução do ressegurador, que obteve resultado positivo pelo sétimo trimestre consecutivo. De janeiro a setembro (9M24), o lucro líquido somou R$ 260,2 milhões, representando mais que o dobro do resultado total verificado em 2023, que foi de R$ 114,2 milhões.
“Os resultados indicam uma tendência positiva e crescente, demostrando a consistência da estratégia de negócios. Neste trimestre, o lucro líquido foi influenciado pelo bom resultado de subscrição. Também registramos o efeito não recorrente da venda de um terreno no Rio de Janeiro. Vale ressaltar ainda a redução da sinistralidade e do índice combinado. A evolução contínua dos nossos números mostra que o processo de turnaround da companhia está consolidado e termina ainda em 2024. Além disso, evidencia a capacidade de entregar um resultado operacional sustentável, com rentabilidade”, afirma Marcos Falcão, CEO do IRB(Re).
Resultado de subscrição cresce
O resultado de subscrição totalizou R$ 117,9 milhões no 3T24, superior aos R$ 10,8 milhões verificados no 3T23. Considerando os 9M24, o resultado de subscrição chega a R$ 274,1 milhões frente a R$ 49,9 milhões nos 9M23. Vale ressaltar que este resultado já contempla os sinistros referentes às enchentes do Rio Grande do Sul.
O prêmio total emitido – em linha com a estratégia de concentração de negócios no Brasil e de redução da participação no exterior – avançou 10,1%, no 3T24, na comparação anual, registrando R$ 2,2 bilhões. A participação de negócios firmados no Brasil alcançou 83% do portifólio no 3T24.
Em relação ao volume, houve crescimento de 7,1% do prêmio emitido no Brasil na comparação com o 3T23, alcançando R$ 1,8 bilhão. Já o prêmio emitido no exterior, que representou 17% do portifólio, totalizou R$ 372,9 milhões no 3T24, alta de 27,1% em relação ao 3T23. Nos 9M24, o prêmio emitido total foi de R$ 5,1 bilhões, superior ao reportado nos 9M23 em 1,9%.
“Continuamos a concentrar negócios no Brasil, pois este é um mercado que conhecemos profundamente e observamos nele a oportunidade de aumentar a nossa rentabilidade. O mercado brasileiro vem apresentando crescimento orgânico e de taxas. Nos 9M24, nosso prêmio no Brasil teve alta de 10%, ultrapassando os R$ 4 bilhões. Ao mesmo tempo em que reduzimos em 21% no exterior. Destaco também que a linha Patrimonial cresceu sua participação na carteira de 35%, nos 9M23, para 44%, no 9M24”, diz Daniel Volpe, diretor Técnico de Subscrição do IRB(Re), que está substituindo o vice-presidente de Resseguros, Daniel Castillo, de férias.
Sinistralidade cai
O índice de sinistralidade, no 3T24, foi de 67,9%, melhor em 6,1 p.p. quando comparado com o mesmo período do ano anterior. Analisando de janeiro a setembro de 2024, a sinistralidade totalizou 63,8%, com melhora de 11,4 p.p. frente aos 9M23. Considerando a geografia, a sinistralidade dos contratos fechados no Brasil foi de 61% em linha com o registrado no ano anterior. Nos 9M24, fechou em 56%, 14 p.p. menor que nos 9M23. Já o índice de sinistralidade no exterior caiu 10,4 p.p. na comparação com o 3T23, fechando em 81,3%. Nos 9M24, foi de 82,8%, melhor 0,9 p.p. que um ano antes.
“A redução da sinistralidade ocorre, principalmente, devido à queda do índice em Rural, Riscos Especiais e Patrimonial. Algumas carteiras tiveram sinistralidade acima do esperado, como Aviação, Responsabilidade e Transporte. No entanto, por serem linhas menos representativas, não mudaram a tendência de redução da sinistralidade da companhia”, explica Volpe, acrescentando que o impacto da tragédia ocorrida no RS foi de R$ 5 milhões no 3T24, atestando a efetividade das reservas constituídas e do programa de proteção de carteira do IRB(Re).
O índice combinado – que inclui sinistralidade, comissionamento e demais despesas – passou de 110,2%, no 3T23, para 102,1%, no 3T24. No acumulado do ano, houve melhora em 7 p.p. totalizando 102,1% nos 9M24. “O índice combinado no segmento Não- Vida foi de 98% nos 9M24, uma queda de 8 p.p. ante os 9M23. Por outro lado, o índice combinado de Vida, nos 9M24, foi de 118%, alta de 7 p.p.. Esperamos que, com os ajustes realizados na carteira de Vida, o índice combinado do segmento tenda ao índice do Não-Vida no médio prazo, contribuindo para redução do índice combinado da companhia”, disse Volpe.
Índice de despesas administrativas estável
O índice de despesas administrativas fechou o 3T24 em 9%, em linha com o reportado no 3T23. As despesas gerais e administrativas do IRB(Re), no 3T24, totalizaram R$ 85 milhões. Valor 13% maior que o reportado no 3T23. No acumulado até setembro, as despesas administrativas se mantiveram inferiores aos 9M23 em 2%, totalizando R$ 244 milhões, com índice de 8,4%.
O resultado financeiro e patrimonial totalizou R$ 196,4 milhões, superior ao 3T23 em 7,4%. No acumulado do ano, alcançou R$ 504 milhões, maior do que o 9M23 em 19%. Vale destacar que o aumento foi influenciado pela venda do terreno no Rio de Janeiro, que beneficiou o resultado patrimonial em R$ 37 milhões.
“Encerramos o 3T24 com R$ 8,5 bilhões em ativos financeiros, em linha com o reportado no 3T23. A alocação destes recursos pode ser dividida em 61% de ativos no Brasil e 39% no exterior”, informa Paulo Valle, diretor-geral da IRB(Asset), braço de investimentos do ressegurador.
Suficiência nos indicadores regulatórios
O IRB(Re) deve observar dois indicadores regulatórios, conforme dispõe normativo da Susep, órgão responsável pela supervisão do setor de seguros e resseguros: Índice de Suficiência de Patrimônio Líquido Ajustado em relação ao Capital Mínimo Requerido (CMR) e o Índice de Cobertura de Provisões Técnicas. Em 30 de setembro de 2024, a companhia apresentou suficiência em ambos os índices.
“O primeiro indicador, Índice de Suficiência de Patrimônio Líquido Ajustado, fechou o 3T24 com suficiência de R$ 892 milhões, uma elevação de 67% em relação ao registrado no fim do ano passado. O que significa uma suficiência de 183%. O resultado se deve, principalmente, à queda do capital mínimo requerido e ao aumento do Patrimônio Líquido Ajustado. O Índice de Cobertura de Provisões Técnicas encerrou o 3T24 com suficiência de R$ 599 milhões”, diz Eduarda La Rocque, diretora de Controles Internos, Riscos e Conformidade do IRB(Re).
IFRS 17
O IRB(Re), além de reportar seus números considerando a Visão Negócio da IFRS 4, utilizada pelo regulador setorial, a Susep, publicou seus resultados do 3T24 em IFRS 17, metodologia adotada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A norma internacional, direcionada ao mercado de seguros e resseguros, trata os fluxos operacionais trazidos a valor presente, considerando o valor do dinheiro no tempo.
Considerando a IFRS 17, o resultado da companhia no 3T24 foi positivo em R$ 192 milhões, ante lucro líquido de R$ 44 milhões no 3T23. Nos 9M24, chegou a R$ 623 milhões. “O resultado trimestral é explicado, principalmente, pelo aumento da receita com resseguros no valor de R$ 227 milhões. Além disso, houve variação positiva na retrocessão, com efeito no resultado líquido de R$ 238 milhões, gerado pela recuperação de sinistros no período. E, por fim, o resultado financeiro líquido teve uma redução de R$ 71 milhões, impactado pela variação do câmbio no trimestre”, afirma Falcão.