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Fundada em 2006, no Distrito Federal, Peça Rara deve faturar cerca de R$ 100 milhões até o final do próximo ano

A SMZTO, fundo de private equity especializado em franquias, anunciou nesta quarta-feira (10/03) um investimento na rede de brechós Peça Rara. Fundada em 2006, no Distrito Federal, a marca tem como princípio básico a reutilização. Em 2020, o faturamento da rede foi de R$ 18 milhões e tende a crescer rapidamente com o fortalecimento da economia circular.

Com a parceria, a SMZTO passará a colaborar com o time da Peça Rara para um crescimento acelerado e sustentável, agregando gestão profissional e elevados parâmetros de governança. Os valores da transação não foram divulgados.

Atualmente, a Peça Rara conta com 13 unidades, sendo oito no Distrito Federal. As demais localizam-se em Recife, São Paulo, Goiânia e Cuiabá. Das 13 lojas, sete são próprias e seis são franquias.

Até o final do ano, o plano de expansão prevê um total de 42 pontos de venda em funcionamento, abrangendo todas as capitais do País. As praças prioritárias para a abertura de novas unidades são Porto Alegre, Vitória, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Natal, entre outras capitais. A projeção da marca para 2021 é de um faturamento de R$ 50 milhões. Para 2022, a meta será dobrar a receita, atingindo R$ 96 milhões.

“O investimento da SMZTO é a prova de que estamos no caminho certo. São anos de trabalho e estamos extremamente felizes e orgulhosos com essa sociedade e a nossa expectativa é potencializar a nossa expansão, focando em qualidade e inovação para os nossos clientes. A parceria vai agregar não apenas capital, mas um extenso know-how em gestão de franquias”, afirma a CEO da Peça Rara, Bruna Vasconi.

As tratativas para a parceria da marca com o grupo SMZTO começaram no ano passado. Desde então, o fundo passou a acompanhar o trabalho da rede ao longo do ano – em novembro, a Peça Rara inaugurou sua loja na Rua Haddok Lobo, em São Paulo, cidade onde fica a sede da SMZTO.

O presidente do Conselho da SMZTO, José Carlos Semenzato, enxerga um enorme potencial na nova marca investida pelo grupo. “O varejo de itens semi novos está em evidência e tem se tornado um dos mais fortes no mundo nos últimos anos. A mudança de comportamento do consumidor tem permitido que ele dedique cada vez mais parte do seu orçamento para compras conscientes e de qualidade. Neste sentido, a Peça Rara tem se destacado pela base sólida que vem construindo desde sua fundação e tem um grande mercado para explorar. Acreditamos nesta parceria e apostamos que a rede pode se tornar referência em seu setor de atuação”, diz Semenzato.

Já o CEO da SMZTO, Bruno Semenzato, comenta que o fundo prioriza investimentos em empreendedores comprometidos, cujos negócios apresentem soluções altamente escaláveis. “Buscamos empresas que estejam em um estágio de forte crescimento”, afirma Bruno. “Somos bastante ativos na gestão e nos vemos muito mais como sócios estratégicos do que apenas financeiros. Acreditamos que podemos colaborar e muito para a expansão da rede.”

Economia circular

Fundada em 2006 pela então estudante de Psicologia Bruna Vasconi, que vendia peças usadas para pagar as mensalidades do curso, a Peça Rara tinha como foco inicial artigos infantis e femininos. Mas logo os fornecedores começaram a surgir, e o leque de produtos passou a incluir móveis, objetos de casa e moda masculina. Com o sucesso das vendas e a família toda envolvida no negócio, foram abertas sete lojas próprias.

O ingresso no franchising se deu em 2019. As lojas franqueadas contam com no mínimo 250 metros quadrados. O investimento inicial para a abertura de uma unidade é de R$ 300 mil, incluindo taxa de franquia, reforma, móveis, equipamentos e sistemas.

Com lojas espaçosas e refinadas, assinadas por arquitetos renomados, produtos organizados por tamanho e cor e seções para peças femininas e infantis, a Peça Rara mantém uma curadoria especializada e trabalha somente com itens em ótimo estado. As vendas são feitas somente nas lojas, com o aporte, a empresa vai marcar presença no mercado online.

O ticket médio é de R$ 40 e os artigos mais vendidos são roupas de crianças e artigos femininos. A rede trabalha com consignação das peças e muitos dos fornecedores são os próprios clientes. Os itens não vendidos no prazo de 180 dias são revertidos em renda para doação a instituições carentes, mediante autorização prévia do consignatário através do Instituto Peça Rara, braço social da empresa.

“É um negócio ganha-ganha. A empresa é sustentável porque consegue manter um faturamento crescente com uma estrutura de gestão inteligente e enxuta”, explica Bruna Vasconi. “Por outro lado, milhares de pessoas também ganham ao vender suas peças conosco. Muitos clientes compram novas roupas e demais artigos em nossas lojas com o dinheiro daquelas que eles venderam. Economia circular é isso.”

Segundo ela, a pandemia mudou a visão dos consumidores em relação ao vestuário. “Como as pessoas ficaram mais tempo em casa, passaram a ver que possuem um monte de coisa que não usam e através do serviço que prestamos é possível nesse momento de dificuldade econômica de fazer uma renda extra, além de contribuir e aderir à uma mudança de comportamento e princípios em relação ao consumo. E se não usam, não precisam mais”, reflete Bruna. “Então, repassar esses itens para brechós é uma forma de fazer renda em um momento de desemprego.”

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