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Segundo IBEVAR, fim do auxílio emergencial, taxa de desemprego e renda reprimida explicam resultado negativo

O ano não começou muito favorável para o comércio no Brasil. Dados da Intenção de Compra, do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo IBEVAR, projetam queda de 1,73% no varejo neste 1º trimestre, em relação aos últimos três meses do ano anterior. Já quando comparado ao mesmo período de 2020, as vendas apresentam pequeno avanço de 2,74% no varejo.

Na opinião do economista e presidente do IBEVAR, Claudio Felisoni de Angelo: “Além da extensão e consequências da pandemia, fatores como o término do auxílio emergencial, a taxa de desemprego, a diminuição da massa real de pagamentos e a incerteza de crédito estão freando a intenção de compra dos brasileiros neste início de ano”, observa.

O estudo avaliou onze categorias de produtos. O setor de automóveis deve ter o pior resultado do período, com retração superior a 5% em relação ao final de 2020, seguido de livros e artigos de papelaria, com recuo de 4%. O desempenho positivo deve ficar por conta dos segmentos de vestuário e calçados, supermercados e combustíveis e lubrificantes, todos com pouco mais de 1% de crescimento.

Em uma visão microeconômica, os índices podem parecer negativos, mas o economista avalia um saldo positivo para o setor, considerando uma crise mundial. Felisoni lembra que no início da pandemia e nos primeiros sinais de retração, a previsão foi de queda de 9% no comércio, mas, a partir de agosto a projeção foi revisada para um recuo de 5% e fechou 2020 com queda real de 1,75%, em comparação com 2019.

“O auxílio emergencial minimizou o impacto negativo da crise e fez com que muitos brasileiros pudessem comprar durante o ano, amortecendo a queda da intenção ao decorrer do ano passado”, conclui o presidente do IBEVAR .

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