Melhorar a experiência do consumidor foi considerado o aspecto mais estratégico (50%) pelos líderes da área de serviços financeiros e que vai contribuir com o crescimento das empresas nos próximos dois anos. Essa é a principal conclusão do recorte para este setor da pesquisa “Transformando insights em oportunidades de crescimento”. A primeira edição foi realizada este ano com entrevistados de todo o país e tinha como objetivo compreender estratégias corporativas para o incremento dos negócios, além de avaliar os atuais riscos e desafios para ampliar oportunidades de expansão.
Os outros fatores apontados como estratégicos foram: treinamento e qualificação de recursos humanos (20%), fortalecimento da comunicação com as partes envolvidas (10%) e redução de custos (10%).
“A preocupação dos líderes da área de serviços financeiros segue alinhada com a dos executivos brasileiros como um todo. Melhorar a experiência do consumidor é um desafio e uma oportunidade no processo de transformação digital que foi potencializado, principalmente, após a pandemia da covid-19, e alavancados pelas novas ferramentas tecnológicas e por aspectos como o Open Finance”, afirma o sócio líder de serviços financeiros da KPMG, Cláudio Sertório.
Quando questionados sobre quais estratégias utilizarão para impulsionar o crescimento organizacional nos próximos dois anos, a melhoria da transformação digital para ampliar escala e impacto será o processo mais utilizado por 30% dos entrevistados, seguida por operações de fusões e aquisições e crescimento orgânico (ambos com 20%), alianças estratégicas, incentivo a programas internos de aceleração e ampliação do uso analítico de dados (todos com 10%).
Sobre quais são os principais riscos e ameaças para o crescimento dos negócios que eles lideram, a maioria (30%) disse que ser questões econômicas (inflação e desvalorização cambial). Constam ainda na lista a contratação de talentos e profissionais (20%,) e aspectos regulatórios (20%).
Expansão geográfica e crescimento no radar:
Metade dos entrevistados afirmou que há previsão de expansão geográfica das operações nos próximos dois anos. Para este ano, 50% acreditam que a expectativa de crescimento será superior a 15%. Já quando esse prazo passa para os próximos três anos, todos os entrevistados disseram que esse índice será alcançado nesse prazo.
Resultado Brasil – consumidor, talentos e custos são estratégicos no curto prazo
Melhorar a experiência do consumidor (42,8%), treinar e qualificar recursos humanos (19,05%) e reduzir custos (16,6%). Esses foram os três principais temas que empresários brasileiros ouvidos pela KPMG consideram estratégicos para o crescimento nos próximos dois anos. Entre os temas apontados como fundamentais para esse progresso, os empresários citaram ainda o fortalecimento da comunicação com as partes envolvidas (stakeholders) (9,5%), utilização de iniciativas associadas às práticas ESG (sigla em inglês para meio ambiente, social e governança) como diferenciação no mercado (7,1%) e destaque para benefícios de uma cultura inclusiva e diversificada (4,7%).
“Entender como o consumidor está se comportando após o período de pandemia tem sido um grande desafio para as empresas, associado a isso estão a qualificação de talentos em áreas estratégicas como a tecnologia, por exemplo, e o fato de que todas as organizações estão buscando reduzir custos para se manter competitivas.
O levantamento nos deu uma visão geral dessas principais preocupações dos líderes empresariais no momento. São esses tópicos que estão na pauta desses executivos e que vão garantir o sucesso dos negócios no curto prazo”, analisa o sócio-líder de clientes e mercados da KPMG no Brasil e na América do Sul, Jean Paraskevopoulos.
Sobre a pesquisa:
A pesquisa da KPMG coletou dados relativos aos meses de junho e julho deste ano, para medir a temperatura do atual momento e, também, para saber quais serão as medidas tomadas para os próximos meses. Foram consultados 42 empresários das regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Sul, pertencentes aos setores de agronegócio, automotivo, educação, energia e recursos naturais, indústria, infraestrutura, saúde, serviços financeiros, serviços e consultoria, tecnologia, terceiro setor e startups. Do total de pesquisados, a área de serviços financeiros representa quase 25%.