Com tecnologia social própria, a Feira Preta quer se tornar, em dez anos, o maior movimento cultural e de economia criativa negra fora da África
Para consolidar e expandir sua atuação na prosperidade econômica e cultural da população negra, a marca Feira Preta, responsável pelo maior festival de cultura negra e economia criativa da América Latina, anuncia reestruturação do seu modelo de negócio. Até então conhecida como PretaHub, a empresa Feira Preta agora se posiciona como um ecossistema com atuação em toda a América Latina, especialmente no Brasil, e em processo de internacionalização para outros continentes.
A nova fase vem de encontro com o desejo de Adriana Barbosa, diretora executiva da Feira Preta e criadora do Feira Preta Festival (antigo Festival Feira Preta), de levar a tecnologia social para outros estados brasileiros e exportá-la para os demais países com presença da diáspora africana. A meta é se tornar, em dez anos, o maior movimento cultural e de economia criativa negra fora da África.
A marca Feira Preta também apresenta uma nova comunicação, com o slogan “Pertencer é Poder”, que remete à habilidade do ecossistema para ativar a comunidade negra e a força do coletivo negro como motor de impacto e agente de transformação econômica, social, cultural e ambiental.
Já a nova identidade visual traz a bandeira do Brasil em uma nova perspectiva, para celebrar a potência, resistência e criatividade negra do país, formado majoritariamente por pessoas negras, e também conta com uma estética tribal redesenhada, como forma de honrar suas raízes e reinterpretar os códigos ancestrais para criar novas realidades.
“O movimento que começou na Praça Benedito Calixto, na Zona Oeste de São Paulo, a partir da necessidade de termos um espaço para valorizar o empreendedorismo e cultura negra, ganhou força ao longo dos anos e agora se transformou em um negócio de impacto escalável, que queremos levar para o mundo em uma coalizão inédita, transformadora e histórica por mudanças concretas”, comenta Adriana Barbosa.
“O início do processo de revisitar o nosso passado e repensar o nosso futuro surgiu ainda em 2022. Na época, optamos por não realizar o Festival em 2023 para fazer uma série de mudanças (e em maio de 2024, entregamos a maior edição de todas). Agora, tivemos o entendimento de que aquele era somente o começo deste novo capítulo da Feira Preta. Contamos, nesse processo, com parceiros super estratégicos, como MESA Company, Agência SILVA, Future Brand e Cosmo Creative Economy. Estamos todos muito animados pelo que está por vir”, complementa.
Ao longo de 2024, a tecnologia social Feira Preta foi levada para países como Estados Unidos, Reino Unido, França, Argentina, Colômbia, Bolívia, Burkina Faso, Ruanda, Panamá e Perú.
Atuação sistêmica
Além do Feira Preta Festival, que terá a sua 23ª edição nos dias 03 e 04 de maio de 2025, no Parque Ibirapuera, em São Paulo, a Feira Preta também planeja realizar edições do Feira Preta Pocket em 2025. A ideia é proporcionar uma vivência prática aos alunos do programa de capacitação Feira Preta Cria, antigo Afrolab.
Além disso, a Feira Preta atua de forma sistêmica com diferentes programas, projetos e ações para criar um ambiente propício para a prosperidade da população negra. Entre as iniciativas, estão as Embaixadas Preta em São Paulo/SP e Cachoeira/BA (antigas Casas Preta Hub), que são espaços de economia colaborativa com cunho econômico e cultural, de difusão e preservação artística da cultura negra permanente; a Feira Preta Inteligência, área de coleta, análise e produção de dados sobre o comportamento, consumo, empreendedorismo e outras áreas relevantes para a população negra; e a Feira Preta Investe, programa de acesso a crédito exclusivo para empreendedores negros que participam do Feira Preta Cria.
As atividades do ecossistema impactam cerca de 10 mil pessoas anualmente em todo o Brasil. Já o Feira Preta Festival, desde a sua criação em 2002, já contou com a presença de mais de 260 mil de participantes, mais de 5 mil de empreendedores e movimentou mais de R$ 40 milhões.
