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Companhia atinge receita líquida de R$ 1,7 bilhão no ano, investindo no combate a perdas, inovação e eficiência energética, com matriz 80% renovável

O Grupo Águas do Brasil, um dos maiores players privados de saneamento básico no país, registrou receita operacional líquida de R$ 1,7 bilhão em 2022, aumento de 17% em relação ao ano anterior. A companhia, que atende mais de 5 milhões de pessoas em 32 cidades brasileiras e com 25 anos de experiência no setor, registrou lucro líquido de R$ 207 milhões, incremento de 16%, e Ebitda de R$ 522 milhões também com crescimento, na ordem de 7,5%.

Os resultados refletem a gestão consciente dos recursos financeiros, com planejamento estratégico focado em iniciativas de eficiência operacional, redução de perdas e inovação, além de novos negócios, com a estruturação de uma diretoria própria em 2022. Os programas de inovação também ganharam relevância dentro da companhia, que criou um Comitê dedicado e lançou projetos como o Torneira Lab, de inovação aberta, que recebeu R$ 1 milhão para o desenvolvimento de soluções em parceria com startups nacionais.

Somente no ano passado, os investimentos superaram a ordem de R$ 245 milhões em programas como o Água de Valor, que reduz a perda de água nas concessionárias do Grupo — com taxa atual de 29%, bem abaixo da média nacional de 40%. Para Eficiência Energética, a companhia investiu em projetos de geração distribuída que fazem uso de energia de fonte renovável, inclusive biogás de aterro sanitário, e atualmente já representam 70% da matriz utilizada pela empresa. Para os próximos cinco anos, a previsão é que o Grupo invista cerca de R$ 1,4 bilhão nas operações existentes e outros R$ 1,5 bilhão na Rio+ Saneamento, totalizando R$ 2,9 bilhões.

A estrutura financeira com baixa alavancagem e consequente facilidade no acesso a crédito permitiram que o Grupo fizesse, em 2022, uma emissão de dívida bem-sucedida de R$ 2,2 bilhões para pagamento da outorga e da operacionalização de sua nova concessionária, a Rio+Saneamento, criada a partir da conquista do leilão do bloco 3 da Cedae, no Rio de Janeiro, em parceria com a Vinci Partners. A assunção das operações aconteceu com apenas quatro meses de operação assistida, antes do prazo pré-estabelecido, e teve início em agosto, abarcando 18 municípios, incluindo 24 bairros da Zona Oeste da capital fluminense.

Também no ano passado, o Grupo Águas do Brasil emitiu sua primeira debênture verde no valor de R$ 155 milhões, com um prazo de 15 anos, para a concessionária Águas de Juturnaíba, no estado do Rio de Janeiro. A emissão acessa novos investidores interessados na companhia e em suas concessões, em linha com a expansão nacional do setor de saneamento básico e com o compromisso de priorizar operações sustentáveis, buscando melhorias para seus projetos e processos, com impactos socioeconômicos positivos para as regiões onde atua.

“A aposta na capacidade operacional de toda a equipe e nosso comprometimento com o crescimento sustentável dos negócios nos permite olhar para 2023 com perspectiva otimista. Com o endividamento sob controle e dívida líquida em torno de R$ 1 bilhão, temos potencial de obter financiamentos adicionais e robustez para investir em novos projetos com grande expectativa de retorno. Acreditamos também em parcerias estratégicas e financeiras para o desenvolvimento de projetos.”, diz Marcelo Mota, CFO do Grupo Águas do Brasil, lembrando que a companhia continua a ser a única da iniciativa privada com rating AAA no seu setor, conferido pela agência de classificação de crédito Fitch Ratings, pelo mais alto padrão de governança e compliance.

Impacto social e ambiental

A universalização do saneamento básico tem impactos diretos sobre a saúde e o meio ambiente. De acordo com o Ranking do Instituto Trata Brasil, em 2023, as três melhores cidades do Rio de Janeiro no setor são operadas pelo Grupo Águas do Brasil: Niterói, Petrópolis e Campos de Goytacazes. Entre outros exemplos de resultados positivos já obtidos pelo Grupo, destaca-se a emblemática redução de mortandade infantil no município de Paraty-RJ — que antes da concessão ser implementada chegou a registrar índice de 11 óbitos/mil nascidos vivos (2014) e em apenas três anos caiu para menos de dois (1,6 óbitos/mil nascidos vivos).

Já em Araruama-RJ, onde a coleta e o tratamento adequado de esgoto no município e cidades próximas passaram a ser operados pela empresa, foram deixados para trás históricos episódios de mortandade de peixes, chegando a se atingir um bioindicador expressivo: o retorno dos cavalos-marinhos – espécie que só sobrevive e se reproduz em águas absolutamente limpas. A reboque, essas iniciativas ainda influenciam o turismo local e colaboram com a valorização de residências e ajudam a alavancar o comércio na região.

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