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Venda de energia cresceu 11,9% na comparação com mesmo período do ano anterior

(re)energisa atinge 367 MWp e 94 usinas solares em operação

A ES Gás apresentou EBITDA de R$ 47,5 milhões e base de 81.761 unidades consumidoras

O Grupo Energisa registrou crescimento no lucro líquido, antes da participação dos não controladores, de 123%, atingindo R$ 1,1 bilhão no 1° trimestre de 2024. Os números foram divulgados nesta quarta-feira (08).

O lucro líquido ajustado recorrente da empresa apresentou um incremento de 243,1% e finalizou o trimestre em R$ 802,4 milhões. O EBITDA cresceu 36% e atingiu R$ 2,52 bilhões, enquanto o EBITDA ajustado recorrente (exclui o valor novo de reposição [VNR], EBITDA societário da transmissão e efeitos não recorrentes e ajustado pelo EBITDA regulatório das transmissoras) consolidado totalizou R$ 2,275 bilhões, incremento de 45,8% (R$ 715,2 milhões) sobre o primeiro trimestre de 2023.

Os bons resultados foram motivados, em partes, pela venda de energia (mercado cativo + tarifa de uso do sistema de distribuição [TUSD]), que registrou crescimento de 11,9%, quando comparado ao mesmo período do ano anterior, atingindo 10.527 GWh.

No trimestre, a dívida líquida consolidada teve redução, totalizando R$ 22,8 bilhões em 31 de março de 2024, contra R$ 24,8 bilhões no final de dezembro de 2023. Com isso, a relação dívida líquida por EBITDA ajustado covenants fechou o trimestre em 2,6 vezes, contra 3,1 vezes no final de 2023. A posição de caixa e equivalentes de março era de R$ 9,41 bilhões e os créditos setoriais apresentaram um saldo negativo de R$ 409 milhões.

Atualmente, o Grupo Energisa atende cerca de 8,6 milhões de clientes em 11 estados, o que corresponde aproximadamente a 10% da população brasileira.

Mercado de energia

No segmento de distribuição de energia elétrica, a companhia obteve, no 1° trimestre, um aumento na receita operacional de 13,3% no trimestre explicada, principalmente, pelo crescimento de 11,9% do consumo de energia elétrica entre os períodos e pelo reflexo das revisões tarifárias nas concessões do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Sergipe, Roraima e Acre, e dos reajustes tarifários das demais distribuidoras. A receita líquida combinada, ou seja, antes do efeito das eliminações entre as empresas, e excluindo a receita de construção de infraestrutura, atingiu R$ 5,96 bilhões, 14,1% acima do registrado no 1T23.

Sob efeito do fenômeno El Niño, o 1T24 registrou temperaturas acima da média e ondas de calor, principalmente no Centro-Oeste, em contraste com o 1T23 com temperaturas mais amenas e volume pluviométrico maior. Além do fator climático, a continuidade do desempenho pujante da cadeia de alimentos também colaborou para o crescimento do mercado nas áreas de concessão de Grupo, bem como o calendário de faturamento maior.

Nesse contexto, em todas as classes houve aumento de consumo de energia, com destaque para a residencial, com alta de 17,6%. O consumo médio dos consumidores residenciais aumentou 14,6% no 1° trimestre deste ano, com alta em todas as empresas e acima da média recente. Em meio às elevadas temperaturas e dinâmica econômica no 1T24, a carga nas áreas de concessão do Grupo atingiu 13.597 GWh, e avançou 14,8% frente ao 1T23, incluindo geração distribuída.

No segmento de transmissão, o resultado societário aumentou 22,6% explicado, principalmente, pelo aumento da receita de construção em função da evolução física dos projetos de reforços nas linhas de Macapá (R$ 10,3 milhões) e linhas de Xingú (R$ 10,7 milhões). No resultado regulatório, a receita líquida cresceu 15,2%, em função do reajuste inflacionário e entrada em operação das novas instalações da Energisa Amazonas e do reforço da Energisa Pará II.

Em março, no primeiro leilão de transmissão promovido pela Aneel este ano, o Grupo Energisa arrematou o lote 12, situado entre o Maranhão e o Piauí, e que prevê a construção da linha de transmissão (“LT”) de 500 kV Teresina IV, com 205,13 km, e da linha de transmissão de 500 kV Boa Esperança, com 188,4 km. A Receita Anual Permitida (RAP) ofertada foi de R$ 112,5 milhões.

(re)energisa

No final de março de 2024, a (re)energisa possuía 93 usinas solares em operação, totalizando 363,1 MWp de potência instalada, sendo 50 usinas em Minas Gerais, 19 em Mato Grosso, 17 em Mato Grosso do Sul, 6 em São Paulo e 1 no Rio de Janeiro. Até maio, a potência instalada era de 367 MWp em 94 plantas.

Os investimentos da (re)energisa totalizaram R$ 51,6 milhões no 1T24, sendo R$ 50 milhões em geração distribuída. Seguindo o plano de expansão, o braço de geração distribuída da (re)energisa apresentou uma receita líquida de R$ 88,7 milhões, aumento de R$ 58,9 milhões com relação ao 1T23.

Na comercialização de energia, a (re)energisa fechou 65 novos clientes varejistas ao longo do primeiro trimestre, somando 166,7 GWh. Vale ressaltar que essa categoria de clientes só obteve acesso ao mercado livre de energia em janeiro deste ano. No geral, as vendas de energia para consumidores livres, apresentaram um crescimento de 46,6% em relação ao mesmo período de 2023, resultado do aumento das vendas via comercial e movimentos de Trading com a volta da volatidade do mercado nesse período.

ES Gás

A ES Gás, adquirida em julho de 2023, apresentou EBITDA de R$ 47,5 milhões, aumento de 1,1% em relação ao primeiro trimestre de 2023. Em 31 de março de 2024, a base de clientes fechou com 81.761 unidades consumidoras, crescimento de 8,4% em relação ao ano anterior e total de 543 km de rede de distribuição.

No primeiro trimestre de 2024, foram investidos R$ 7,4 milhões na ES Gás, incremento de 40,5% (R$ 5,3 milhões) em relação ao primeiro trimestre de 2023. A concentração de investimentos ocorreu, principalmente, em obras de expansão e saturação urbana, ramais, ligações de novos usuários, extensão de redes em Aço e Polietileno de Alta Densidade (PEAD), nos municípios de Serra, Vila Velha, Vitória, Cariacica, São Mateus e Aracruz.

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