Projeto “Faces Negras Importam” conta com o auxílio de pesquisadoras, estudos acadêmicos e Inteligência Artificial, para resgatar rostos apagados da história
O que Tereza de Benguela, rainha quilombola do século XVIII; Luiza Mahin, figura marcante na Revolta dos Malês, e Maria Felipa, liderança na independência da Bahia, têm em comum? Elas são mulheres negras que transformaram o rumo histórico do Brasil e tiveram seus rostos apagados. Mas um nome sem rosto não pode contar sua história, e é com essa premissa que o Banco do Brasil apoia as pesquisadoras Aline Najara, Eny Kleyde Vasconcelos, Silviane Ramos e Rejane Mira a resgatarem e recriarem os rostos dessas importantes personagens.
O projeto “Faces Negras Importam” nasceu de uma provocação: ao buscar em sites de pesquisa o nome dessas três figuras da história brasileira, todas são representadas pela mesma imagem, a foto “A Mulher Negra de Turbante”. Para resgatar o direito de registrar suas narrativas, atualizar os acervos de pesquisa e literaturas, e devolver as imagens dessas mulheres para a história, o projeto reúne pesquisadoras, estudos acadêmicos e recursos de Inteligência Artificial para recriar os rostos de cada uma delas.
As imagens foram criadas e dirigidas por Ilka Cyana, diretora e artista visual. Ilka utilizou uma combinação de ferramentas de IA e editores de imagem para desenvolver representações visuais únicas, contribuindo, com ainda mais vida, ao projeto com sua técnica apurada.
A iniciativa de comunicação, criada pela agência WMcCANN, apresenta a todo o país as faces dessas mulheres, revelando que suas histórias agora ganham rosto. Tereza de Benguela, Luiza Mahin e Maria Felipa passam a ser devidamente representadas. As imagens serão disponibilizadas no site bb.com.br/facesnegrasimportam para a composição de acervos físicos e digitais e auxiliar pesquisas acadêmicas.
“Criar uma ação que busca ‘devolver’ as faces de mulheres negras tão importantes na nossa história é uma iniciativa emocionante, histórica e poderosa. O projeto ainda reafirma o compromisso real do BB com a diversidade e inclusão”, explica João Netto, redator da WMcCann e membro do Conselho de Igualdade Racial do Distrito Federal.
“O projeto Faces Negras Importam está conectado com o nosso propósito. Além de trazer atributos de brasilidade, o projeto reforça que a gente se importa e o papel que o Banco do Brasil tem em temas tão relevantes para a sociedade brasileira. Queremos transformar esse cenário, apoiando as pesquisadoras e seus estudos acadêmicos, para divulgar as faces dessas mulheres para todo o Brasil”, explica Lidiane Orestes, gerente executiva de Direitos Humanos, Diversidade, Equidade e Inclusão do Banco do Brasil.