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A pesquisa foi apresentada hoje, 22, durante encontro que reuniu especialistas de áreas de gestão ambiental e parceiros do terceiro setor

Na esteira dos assuntos que envolvem a agenda ESG – Environmental, Social and Governance (Ambiental, Social e Governança), a Globo lançou hoje, 22, a pesquisa “Evolução ESG”, que traz um panorama histórico das pautas acerca do tema e aponta tendências de ações para urgentes transformações no planeta. O estudo mapeia os sentimentos dos brasileiros durante a pandemia e as demandas mais atuais em relação às pautas ambientais e sociais, além de pesquisas quantitativas. O estudo foi apresentado durante o evento ‘Menos é Mais Sustentabilidade: modo de usar’, com apoio do Canal Off, que aconteceu na manhã desta terça-feira, para convidados. O diretor presidente do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS) Tadeu Assad, a comunicadora e ambientalista Giovanna Nader e o ativista e empreendedor Raull Santiago, sob a mediação da jornalista e apresentadora da Globo Valéria Almeida, discutiram as tendências e boas práticas para negócios mais sustentáveis.  

O dossiê traça uma narrativa da evolução do termo ecologia, passando por sustentabilidade, sendo demarcados por períodos importantes da história como a Criação do Clube de Roma, nos anos 60, a Conferência de Estocolmo, em 1972, a aprovação do Protocolo de Kyoto, em 1997, e a COP26 Glasgow, em 2021. Um ponto importante dessa jornada foi o nascimento da sigla ESG, em 2004, mostrando, desde os anos 90, a evolução do debate para além de demandas ambientais, incluindo pautas sociais e de governança, que ganham camadas ainda mais complexas nos dias de hoje. ‘São formas que a sociedade vai encontrando em torno de ações necessárias que conceitualizam e que sensibilizam mais gente para buscarmos um mundo mais inclusivo’, afirma Assad.

O estudo também trouxe insights em âmbitos como problemas sociais que o Brasil enfrenta como corrupção, destacado como a principal dor coletiva no país, seguidos por problemas como desemprego, desigualdade social e violência e criminalidade. Em relação aos impactos da pandemia da Covid-19, quando medidos os sentimentos do brasileiro, foi registrado que os sentimentos positivos aumentaram em janeiro para fevereiro de 2022, e essa melhora pode ser atribuída ao avanço da vacinação e até à diminuição de casos da variante Ômicron. No entanto, o estudo revela que as mulheres continuam com mais sentimentos negativos do que os homens, sendo ansiedade e incerteza os maiores. 

Para Giovanna, a nova geração tem um papel protagonista na mudança na agenda ambiental. ‘Os jovens devem ser ouvidos, lideram espaços e têm maior consciência sobre a sustentabilidade, cabe a eles fazerem pequenas mudanças. No entanto, precisamos começar desde já. O poder privado ainda tem muita voz e necessitamos de mudanças que aconteçam de forma genuína’.

Para contribuir com as tendências ESG, cada letra da sigla foi desmembrada em duas macrotendências, seis microtendências e 18 ações práticas. Era da Regeneração trazendo a importância de agregar novas tecnologias para ajudar na reversão dos danos ambientais e circularidade, com o objetivo de repensar as maneiras de negócio e estabelecer novos formatos de se relacionar com a sociedade e natureza, marcam as inclinações da letra E da agenda. Para o S, de Social, o poder das comunidades como alternativa mais efetiva para atender as necessidades locais e marcar o orgulho das origens, como forma de abranger a multiplicidade de identidades, foram as macrotendências mapeadas. E o G, de Governança, sugere a imersão revolucionária pela busca constante por conhecimento e alinhamento com pautas contemporâneas que faz com que toda estrutura se mova alinhada com a inclusão total, buscando alcançar uma sociedade equânime. Os pontos principais do material apresentado estará disponível em breve na Plataforma Gente.

Raull Santiago ainda ressaltou que possuir um time diverso é assunto que deve ser discutido em todas as esferas. ‘A diversidade é um tema central das empresas, é preciso mergulhar nessas diferentes pessoas. A única possibilidade de transformar o Brasil é trazer pessoas e saberes diversos para as tomadas de decisão. O desconforto é a nossa possibilidade de ajudar o mundo no que ele precisa hoje’.

E para dar continuidade ao diálogo iniciado no evento, o jornal Valor Econômico vai transmitir duas lives em seus canais digitais ao longo da semana. Hoje, às 15h30, Iara Poppe, especialista de Pesquisas da Globo, e Tadeu Assad vão discutir sobre como as empresas e marcas vivem essa transição da sustentabilidade ao ESG e quais os desafios para esse novo cenário. Amanhã, 23, às 12h, Giovanna Nader e Henrique Silveira, geógrafo e coordenador executivo da Casa Fluminense, vão conversar sobre como a diversidade está conectada aos temas da sigla e como equipes mais diversas impactam positivamente para o desenvolvimento dos negócios.  

Menos é Mais

Desde 2015, a Globo mantém a plataforma Menos é Mais, para promover reflexão sobre o uso consciente dos recursos naturais, sustentabilidade e o papel de cada um no desenvolvimento sustentável da sociedade. Esse espaço é destinado a campanhas para o público e ações internas para colaboradores da companhia, com o objetivo de estimular o diálogo para assuntos sobre o meio ambiente.

As discussões levantadas durante o evento estão em linhas com as ações que a Globo fomenta em toda sua trajetória. Além disso, desde 2018, a companhia é reconhecida como empresa Carbono Zero. A conquista foi obtida através de iniciativas como 100% dos efluentes sanitários e industriais da empresa tratados, utilização de  90% da energia proveniente de fontes renováveis, redução do uso de geradores a diesel nas nos programas ao vivo e a implantação de lâmpadas de LED em todos os endereços. A companhia ainda aprimora os processos de reciclagem e logística reversa dos resíduos que antes eram descartados em suas operações, e implementou a coleta seletiva em todos os endereços.

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