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A indústria de serviços financeiros, que engloba o setor de seguros, imobiliário e bancário, encerrou o primeiro semestre deste ano com 85 operações de fusões e aquisições em todo o país. Esse desempenho é 34% inferior ao registrado no mesmo período de 2021, quando foram concluídas 129 transações. Os dados são de uma pesquisa realizada trimestralmente pela KPMG com 43 setores da economia brasileira.

De acordo com o relatório, as instituições financeiras registraram 55 negociações entre janeiro e junho passado. Na sequência, aparecem as organizações do mercado imobiliário, com 16 operações, e as seguradoras, com 14. Com relação ao tipo de transação, do total realizado nos seis primeiros meses deste ano, a maioria (63) envolveu empresas domésticas. Outras quinze operações foram realizadas no formato CB1, quando uma companhia estrangeira adquire capital no Brasil, e mais sete como CB4, modalidade em que uma empresa estrangeira adquire, também de estrangeiros, uma organização estabelecida no Brasil.

“Este movimento, com menores quantidades de negócios, é resultante de uma combinação de fatores econômicos, como o aumento das taxas de juros e da inadimplência, com aspectos regulatórios, da dinâmica do mercado e algumas incertezas, que fizeram com que muitas instituições, incluindo os novos entrantes, revisitarem seus modelos de negócios, e neste sentido é natural que haja mais cautela na atividade de negócios e uma consequente redução no fluxo de investimentos”, analisa o sócio-líder em serviços financeiros da KPMG no Brasil, Cláudio Sertório.

 

Segmento 2022 2021
Instituições Financeiras 55 92
Negócios Imobiliários 16 22
Seguros 14 15
Total 85 129

 

Companhias de internet, São Paulo e operações domésticas são os destaques:

A pesquisa da KPMG também revelou que o número de fusões e aquisições no primeiro semestre deste ano aumentou mais de 25% em relação ao mesmo período do ano passado. De janeiro a junho de 2022 foram 1.014, o que representa mais de 50% dos negócios concretizados em todo o ano passado.

“Observamos um aumento no movimento de compra e venda de empresas no Brasil no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2021, o que sinaliza um ano forte. Entretanto, apesar da boa perspectiva, é importante aguardar o resultado dos próximos meses para termos uma visão melhor deste cenário”, analisa o sócio da KPMG e coordenador da pesquisa, Luís Motta.

Com relação aos setores que mais realizaram operações nos primeiros seis meses deste ano, além das instituições financeiras, os destaques foram as companhias de internet, que lideraram com 410 transações, e tecnologia da informação, com 180. Dos estados brasileiros, São Paulo aparece na lista com 690 negócios fechados, seguido por Minas Gerais com 77 e por Rio de Janeiro com 66.

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